O robô Philae se tornou o primeiro artefato a pousar num cometa, um momento histórico para a exploração espacial. O acontecimento traz a promessa de novas percepções sobre o que forma os cometas e como eles se comportam.
Os cientistas do controle da missão da Agência Espacial Europeia festejaram ao receber os primeiros sinais de que o robô da missão Rosetta, o Philae, havia tocado a superfície de um pequeno cometa, conhecido como 67P/Churyumov-Gerasimenko, a mais de meio bilhão de quilômetros da Terra.
Ainda não estava clara a localização exata do pouso ou se o robô sofreu algum dano. O Philae, que tem o tamanho de uma pequena geladeira, deveria pousar numa área relativamente plana com cerca de 550 metros de diâmetro, longe de fendas profundas, grandes rochedos e picos afiados.
Se tiver pousado intacto, Philae deve tirar rapidamente algumas fotografias e enviá-las à Terra, no que serão as primeiras imagens já feitas a partir da superfície de um cometa. Leva cerca de meia hora para que um sinal do cometa chegue à Terra.
A gravidade do cometa é muito baixa. Para evitar que o robô batesse e voltasse ao espaço, Philae levava um par de arpões para fixar o artefato ao solo.
Um propulsor no topo do robô deveria empurrar simultaneamente o robô para ajudar na ancoragem, mas os cientistas descobriram durante a noite que ele não funcionaria e que os arpões seriam os únicos responsáveis pela aterrissagem.
Após viagem de uma década pelo sistema solar, a sonda Rosetta se aproximou do cometa em agosto.