Em Nunavut, o mais setentrional de todos os territórios canadenses, caçadores indígenas e velejadores informaram as autoridades sobre misteriosos sons que estariam vindo do fundo do Oceano Ártico.
Segundo essas pessoas, os barulhos eram similares a “bips” e sussurros. O caso intrigou o Departamento de Defesa Nacional do Canadá, que deslocou um avião para pesquisas à região. As informações são do canal de televisão canadense CBC News.
Os sons teriam sido ouvidos durante todo o verão, nos estreitos de Fury e Hecla. A região é propícia para a caça, uma vez que as águas são cercadas por gelo e, ali, mamíferos gostam de acasalar. Neste verão, porém, praticamente nenhum animal apareceu, gerando suspeitas e possíveis ligações.
Até o momento, nada foi confirmado de forma oficial, mas teorias não param de surgir. Uma delas afirma que a empresa de mineração Baffinland Iron Mines Corporation, que já realizou pesquisas na área, estaria de volta. A companhia, porém, afirmou que isso não passa de um boato.
Outra teoria é de que os sons seriam um reflexo de construções ou de jateamento, mas as autoridades de Nunavut disseram que nenhuma permissão para esse tipo de trabalho foi emitida na região.
A mais bizarra de todas, tipicamente uma teoria de conspiração, alega que o Greenpeace, para provar como os animais do Ártico estariam ameaçados, geraria propositalmente os barulhos para afastar a vida selvagem do local. A organização, é claro, nega a acusação.
À CBC, o Departamento de Defesa contou que as Forças Armadas do Canadá estão investigando a situação. Na quinta-feira (4), uma equipe aérea sobrevoou a região, mas não captou nenhuma anomalia acústica.
O departamento não descarta que submarinos possam ser a fonte dos ruídos, mas sem muita convicção. Recentemente, a Finlândia flagrou, em suas águas territoriais do Ártico, próximas da capital Helsinki, “submarinos russos em atividade suspeita”. Seria apenas coincidência?
Colaborou: Mariana Balan.
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