| Foto: Mario Tama/AFP
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Nos Estados Unidos, promotores locais eleitos com auxílio financeiro de entidades de esquerda - inclusive as ligadas aos bilionário George Soros - estão dando fôlego aos protestos por reformas da justiça criminal e da polícia e pressionando por novas práticas que podem resultar em menos processos e prisões, segundo uma análise feita pela emissora americana Fox News.

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Na maioria dos estados americanos os promotores locais (district attorneys) são eleitos pelo voto direto. Entre suas responsabilidades estão decidir quando apresentar queixa, quais crimes devem ser priorizados e quão brando ou severo deve ser o acordo da promotoria com o réu que admitiu culpa em troca de uma atenuação das acusações. É por esse poder significativo que exercem dentro do sistema de justiça criminal que os cidadãos americanos escolhem seus promotores locais por meio de eleições.

O bilionário George Soros vem investindo milhões de dólares nessas disputas, apoiando candidatos progressistas através de comitês de ações políticas. Uma reportagem do Washington Post, publicada no ano passado, contou que esses comitês alinhados a Soros "têm contribuído bastante para disputas de promotores locais em todo o país nos últimos anos, ajudando a inclinar as disputas a favor dos candidatos democratas reformistas na Filadélfia, Chicago, Houston e outros lugares".

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Outra reportagem, publicada pelo New York Times, revelou que Soros investiu mais de 800 mil dólares em propaganda para apoiar a candidatura da progressista Shani Curry Mitchell, que em novembro passado estava desafiando a procuradora republicana Sandra Doorley no Condado de Monroe, em Nova York – que acabou sendo reeleita para o cargo.

Mas houve casos em que os investimentos do bilionário renderam frutos e que agora tornaram-se ainda mais evidentes em meio a campanhas de reforma da justiça criminal e policial. Um dos exemplos mostrados pela Fox News é o da promotora do condado de Cook, em Illinois, Kimberly Foxx, cuja campanha recebeu financiamento indireto de Soros. A atuação dela ganhou repercussão nacional quando ela arquivou caso do ator Jussie Smollett, que havia sido acusado de fingir um ataque de ódio contra si mesmo – o caso foi posteriormente retomado por um promotor especial que apresentou novas acusações.

Foxx está em campanha de reeleição e disse que o escritório dela estará mais disposto a arquivar casos provenientes de protestos ou violações de toque de recolher. Um relatório do Fundo de Defesa Legal da Polícia, mostrou que, desde que Foxx assumiu a promotoria local, em 2016, houve um declínio de 13% em admissões de culpa ou veredictos de casos criminais e um aumento de 39% nos casos arquivados ou perdidos.

Promotores eleitos com a ajuda do dinheiro de Soros também estão declarando apoio ao movimento nacional para desfinanciar a polícia e criticando o uso de forças de segurança para dispersar os protestos. Larry Krasner, promotor na Filadélfia, escreveu um artigo de opinião no jornal Washington Post, em coautoria com a promotora de Balrtimore, Marilyn Mosby, criticando o presidente Donald Trump por ter enviado agentes federais a Portland, no Oregon, para proteger propriedades federais contra atos de vandalismo. Ao escrever que Trump ameaçou enviar os agentes federais para Filadélfia ou Baltimore, os dois promotores afirmaram que se isso acontecer, "os agentes dele serão processados em toda a extensão da lei".

Soros investiu US$ 1,45 milhão em um comitê independente de ação política que apoiou a eleição de Larry Krasner em 2017.

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