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Tragédia

Soterrados após terremoto na Indonésia podem chegar a 3 mil

Equipes de resgate tiram dos destroços a estudante Ratna Kurniasari Virgo, de 21 anos, que ficou presa entre seus amigos mortos e teve a perna quebrada: milagre | Muhammad Fitrah/Singgalang newspaper/Reuters
Equipes de resgate tiram dos destroços a estudante Ratna Kurniasari Virgo, de 21 anos, que ficou presa entre seus amigos mortos e teve a perna quebrada: milagre (Foto: Muhammad Fitrah/Singgalang newspaper/Reuters)

Padang - Até 3 mil pessoas podem estar soterradas entre os escombros dos milhares de prédios que foram destruídos pelo terremoto que arrasou a Ilha de Sumatra, na Indonésia, na quarta-feira, e já matou mais de 1.100 pessoas.

O número de soterrados foi confirmado pelas equipes de socorristas, que ontem – dois dias após o tremor – resgataram duas estudantes vivas em Padang, a cidade mais próxima ao epicentro do terremoto.

A professora Suci Revika Wu­­lan Sari foi retirada deopis de passar 48 horas entre os destroços do colégio. Ele permaneceu a maior parte do tempo entre paredes que desabaram e entre corpos de estudantes que morreram no terremoto.

Cerca de oito horas antes, as equipes de resgate tiraram dos destroços, sob aplausos dos que acompanhavam a operação, a estudante Ratna Kurniasari Virgo, de 21 anos. "Ela ficou presa entre seus amigos mortos. Mas, por sorte, resistiu. Sua perna estava quebrada, mas tentaremos evitar a amputação", disse o médico Du­­bel Mereyenes.

Autoridades da Indonésia ad­­mitiram que estão tendo muitas dificuldades em lidar com a tragédia e pediram ajuda. "Nós precisamos de auxílio do exterior para retirar os sobreviventes. Preci­­samos de socorristas e de equipamentos. Há milhares de pessoas presas nos destroços e não estamos conseguindo retirá-las, o ministro da Saúde, Siti Fadilah Supari.

Priyadi Kardono, porta-voz da agência de gerenciamento de desastres do ministério, afirmou que 20 mil prédios e casas foram seriamente danificados ou destruídos. Segundo Kardono, mais de 2.400 pessoas permanecem hospitalizadas.

Buscas

Equipes de salvamento da In­­donésia trabalham na busca por desaparecidos, no atendimento a desabrigados e na remoção de es­­combros.

"A situação na cidade de Pa­­dang é ruim, mas não devemos esquecer das zonas rurais próximas, onde vilas inteiras ficaram devastadas", advertiu em Genebra a coordenadora de operações da Federação Internacional da Cruz Vermelha, Christine South.

O presidente da Indonésia, Su­­silo Bambang Yudhoyono, pediu paciência aos familiares e amigos dos desaparecidos, e lhes garantiu que "ainda há esperança".

Um menino que estava em uma escola destruída em Padang foi resgatado após 40 horas soterrado sob os escombros e relatou que muitos de seus colegas estavam vivos.

A Indonésia se situa sobre o chamado "Anel de Fogo do Pa­­cífico", uma zona de grande atividade sísmica e vulcânica que é atingida por cerca de 7.000 tremores por ano, moderados em sua maioria.

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