Joe Rogan em cena do especial de comédia “Strange Times”, da Netflix| Foto: Divulgação/Netflix
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Em um memorando distribuído aos funcionários do Spotify no fim de semana, o executivo-chefe da empresa sueca, Daniel Ek, descartou retirar da plataforma de streaming o podcast The Joe Rogan Experience, após cerca de 70 episódios antigos do programa terem sido deletados no sábado (5), devido ao suposto uso de termos racistas pelo apresentador Joe Rogan.

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No comunicado, ao qual a imprensa americana teve acesso, Ek afirmou que não acredita “que silenciar Joe seja a resposta”. “Devemos ter limites claros sobre o conteúdo e agir quando eles são cruzados, mas cancelar vozes é um caminho arriscado”, acrescentou.

Segundo o memorando, Rogan tomou a decisão de remover os episódios após reuniões com executivos do Spotify e após fazer “suas próprias reflexões”.

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Em um vídeo de cinco minutos no Instagram, o podcaster americano pediu desculpas pelas falas, afirmando que se tratava da “coisa mais lamentável e vergonhosa” sobre a qual teve que dar explicações publicamente. Ele argumentou que algumas de suas falas haviam sido tiradas de contexto, mas que o conteúdo era “horrível, até para mim”. “Nunca usei [termos racistas] para ser racista, porque não sou racista”, declarou.

O Spotify assinou um contrato de US$ 100 milhões em 2020 com o criador para ter exclusividade sobre The Joe Rogan Experience.

O episódio vem logo após o ultimato do cantor canadense Neil Young, que, argumentando que o programa de Rogan espalha desinformação sobre a Covid-19, exigiu que a plataforma escolhesse entre manter suas músicas ou o podcast. Por fim, a empresa sueca ficou ao lado de Rogan e excluiu o repertório de Young.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]