Divergências referentes ao status da Ossétia do Sul e da Abkházia prejudicam a busca por um acordo no Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU) para a adoção de uma resolução para endossar a trégua entre a Rússia e a Geórgia, disseram diplomatas.

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O conselho de 15 membros continuava neste domingo (17) negociando os termos do projeto de resolução que daria o selo de aprovação da ONU ao acordo mediado pela França para encerrar o conflito entre Moscou e Tbilisi, iniciado em 8 de agosto, um dia depois de tropas georgianas terem invadido a Ossétia do Sul, uma província separatista pró-Moscou. A França ocupada atualmente a presidência de turno da União Européia (UE).

Sob condição de anonimato, um diplomata explicou que não houve acordo até o momento porque representantes da França e da Rússia ainda não conseguiram chegar a um consenso sobre os termos referentes à integridade territorial da Geórgia.

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Diplomatas europeus e americanos insistem em que a integridade territorial da Geórgia e sua soberania sobre a Ossétia do Sul e a Abkházia sejam reconhecidas no texto.

A Rússia, por sua vez, "prefere que não haja menção" à integridade territorial da Geórgia e acredita ser preciso lidar com a situação real. No início do conflito, líderes da Ossétia do Sul e da Abkházia deixaram claro às autoridades russas que não querem mais fazer parte da Geórgia.

O governo da Geórgia não exerce autoridade sobre a Ossétia do Sul e a Abkházia desde o início da década passada, quando as duas províncias lutaram contra Tbilisi e chegaram a declarar independência, mas sem conseguir respaldo internacional.

Os diplomatas russos têm traçado um paralelo entre a situação no Cáucaso e a declaração unilateral de independência de Kosovo, que em fevereiro separou-se da Sérvia apesar da oposição de Belgrado e de Moscou. As informações são da Dow Jones.

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