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O ex-diretor-gerente do FMI Dominique Strauss-Kahn declarou nesta semana à polícia que tentou beijar a jornalista Tristane Banon durante uma entrevista, em fevereiro de 2003, na qual a jovem diz ter sido vítima de uma tentativa de estupro, disse na sexta-feira o site da revista L'Express.

Promotores devem decidir em breve se irão abrir uma investigação judicial ou arquivar o caso. Antes, podem determinar medidas como um acareamento entre as partes. A polícia já interrogou o proprietário do imóvel onde o caso ocorreu.

Interrogado na segunda-feira durante três horas, o ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional declarou que imaginou ter o consentimento de Banon para o beijo, mas que, diante da rejeição, não insistiu.

Até agora, num relato publicado em livro e por intermédio de advogados, Strauss-Kahn dizia que as acusações de violência sexual eram imaginárias. Pela versão de Banon, ele se jogou em cima dela, que se desvencilhou após lutar.

O processo judicial parece improvável, já que os fatos, se forem classificados como agressão sexual, prescreveram três anos depois de ocorridos. A única hipótese de o processo prosperar seria se o caso for enquadrado como tentativa de estupro, cuja prescrição leva dez anos.

Strauss-Kahn voltou à França em 4 de setembro, depois de passar quatro meses em Nova York à espera da tramitação de outra acusação de estupro, apresentada por uma camareira de hotel e afinal arquivada por causa de dúvidas da promotoria quanto à credibilidade da acusadora.

O político socialista, que por causa do escândalo nos EUA teve de abdicar à sua candidatura a presidente da França em 2012, deve conceder no domingo a sua primeira entrevista, à emissora TF1.

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