O ex-diretor geral do FMI Dominique Strauss-Kahn foi libertado nesta quarta-feira (22), depois de um dia de detenção provisória em Lille, no norte da França, onde foi ouvido pela polícia sobre o caso Carlton.

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O ex-diretor geral do FMI "está satisfeito por ter sido ouvido", declarou o seu advogado.

Strauss-Kahn foi detido na terça-feira (21) em Lille (norte da França) para investigações sobre seu envolvimento com redes de prostituição e por "ocultação de abuso de bens sociais", em processos paralelos ao escândalo sexual no qual esteve envolvido no hotel Sofitel, de Nova York.

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Strauss-Kahn foi ouvido sobre as festas das quais teria participado em Paris e em Washington para que os investigadores determinem se as mulheres que participavam das mesmas eram prostitutas.

As testemunhas sobre o caso disseram que várias viagens de mulheres foram organizadas e financiadas por dois empresários do norte da França, Fabrice Paszkowski, diretor de uma empresa de equipamentos médicos, e David Roquet, ex-diretor de uma filial do grupo de obras públicas Eiffage.

A última dessas viagens aconteceu de 11 a 13 de maio na capital dos Estados Unidos, às vésperas da prisão de Strauss-Kahn no caso do hotel Sofitel de Nova Iorque.

Na época, o então diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI) foi acusado por uma funcionária do hotel, Nafissatou Diallo, de agressão sexual.

As acusações de Justiça americana caíram, mas Strauss-Kahn ainda terá de enfrentar uma ação civil nos Estados Unidos. A questão também gerou uma série de revelações sobre sua vida privada, convertendo-o para alguns em um ogro "sexual" e para outros em "vítima" de um complô. Strauss-Kahn reconheceu um gosto pela libertinagem, mas negou ter cometido qualquer ato ilícito ou violento.

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O escândalo de Nova York pôs fim às ambições presidenciais de Strauss-Kahn na França, como um potencial candidato do Partido Socialista, além de ter lhe custado sua posição no FMI.

Novos depoimentos

Strauss-Kahn deverá voltar a depor nos próximos dias diante do juiz, que determinará se há indícios para processá-lo por cumplicidade em sua relação com a rede de prostituição e desvio de fundos, crimes punidos com até 20 anos de prisão.

"Quando alguém te apresenta a uma amiga você não pergunta se ela é uma prostituta", afirmou o ex-diretor-gerente do FMI em sua biografia.

No entanto, segundo a revista "Le Point", os investigadores reuniram depoimentos de algumas prostitutas que duvidam que Strauss-Kahn desconhecesse o caráter profissional de sua atividade.

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