Investigadores franceses analisam as acusações de que Dominique Strauss-Kahn possa estar envolvido num estupro cometido durante uma festa com sexo grupal num hotel de Washington em 2010, enquanto ainda era diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), informou um funcionário do judiciário nesta sexta-feira (6).
Por meio de seus advogados, Strauss-Kahn negou que tenha cometido qualquer ato violento e afirmou estar sendo alvo de uma "campanha de linchamento" público. O economista, que já foi um dos mais cotados para ocupar a presidência da França, viu sua carreira e sua reputação ruírem desde que foi acusado de ataque sexual contra a camareira de um hotel de Nova York, no ano passado.
Juízes investigativos da cidade francesa de Lille, norte do país pediram a permissão dos promotores para ampliar o inquérito sobre suspeita de prostituição para examinar as acusações de estupro, disse, em condição de anonimato, um funcionário do escritório da promotoria de Lille.
O escritório da promotoria vai decidir na semana que vem se vai ampliar a investigação, disse a fonte.
Strauss-Kahn já é alvo de uma investigação por prostituição em Lille, que no ano passado se transformou num escândalo nacional. Ele enfrenta acusações preliminares por atuar como agenciador de prostitutas, feitas com base em acusações de pessoas interrogadas no inquérito.
Ele nega as acusações, embora reconheça ter participado de atividade "libertina", mas diz não saber que na ocasião alguém estava sendo pago para fazer sexo.
O escritório da promotoria de Lille não forneceu detalhes sobre as acusações de estupro. Mas o jornal francês Libération publicou nesta sexta-feira que duas prostitutas belgas interrogadas no inquérito de Lille disseram que Strauss-Kahn usou de violência durante relações sexuais no Hotel W, em Washington, e forçou uma delas a fazer sexo anal, apesar de ela não querer. As informações são da Associated Press.
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