O ex-diretor-gerente do FMI Dominique Strauss-Kahn, que era considerado favorito à presidência da França antes do escândalo das acusações de assédio sexual, posteriormente retiradas, está processando diversos jornais e um conselheiro do presidente Nicolas Sarkozy por causa das reportagens sobre ele, informaram seus advogados nesta terça-feira.
Os advogados, atuando em nome de Strauss-Kahn e sua mulher, Anne Sinclair, ex-estrela de TV e rica herdeira, informaram que estavam processando o jornal francês Le Figaro e diversas revistas francesas, além de Henri Guaino, consultor sênior de Sarkozy.
"Nem Anne Sinclair nem Dominique Strauss-Kahn desejam limitar a livre expressão de ideias e a circulação de informação, mas também não aceitam ter sua privacidade explorada por razões puramente comerciais", disseram eles em comunicado.
A declaração dos advogados não apontou exatamente em que base legal o processo estava sendo levado, mas especificou que era uma ação criminal no caso de Henri Guaino.
O ex-chefe do Fundo Monetário Internacional estava pronto para anunciar sua candidatura à presidência da França quando foi preso em Nova York em 14 de maio e acusado de tentar estuprar a camareira de um hotel.
Promotores dos EUA retiraram as acusações citando dúvidas sobre a credibilidade da testemunha, deixando Strauss-Kahn livre para retornar à França, onde a Justiça decidiu que outra acusação de assédio sexual contra ele foi apresentada tarde demais para ser levada aos tribunais.
A mídia francesa vem publicando reportagens regulares nas últimas semanas sobre uma investigação de prostituição no norte da França e o nome de Strauss-Kahn vive aparecendo. Ele já pediu para ser convocado para se explicar aos investigadores.
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