O ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) será julgado por acusação de exploração da prostituição, juntamente com outras 12 pessoas, que teriam formado com ele uma rede de prostituição na cidade francesa de Lille.
Strauss-Kahn foi acusado no ano passado por "promoção agravada da prostituição como parte de um grupo organizado". O caso é baseado em acusações de que líderes empresariais e oficiais da polícia forneciam prostitutas para festas sexuais em Lille, algumas das quais teriam acontecido no hotel Carlton.
Em junho, os promotores pediram que as acusações contra Strauss-Kahn, de 64 anos, fossem retiradas, afirmando que não havia provas suficientes para continuar o caso.
Porém, em comunicado divulgado ontem, o escritório da promotoria de Lille disse que magistrados ordenaram que Strauss-Kahn e outros réus sejam julgados pela acusação menos grave de "exploração agravada da prostituição como parte de um grupo". Outra pessoa será acusada de cumplicidade para fraude, informou a promotoria.
Não estava claro se os promotores apelariam da decisão para avançar com o julgamento. No sistema legal francês, juízes investigativos podem anular recomendações de promotores e forçá-los a levar suspeitos a julgamento.
Um dos advogados de Strauss-Kahn, Richard Malka, condenou a decisão de seguir com o julgamento como uma "implacável" campanha judicial contra seu cliente. Ele disse que a equipe de advogados de Strauss-Kahn vai usar o julgamento "para denunciar o absurdo, a anormalidade desta acusação de exploração agravadada prostituição". Strauss-Kahn vai apelar perante a corte.