Vista da base naval argentina em Mar del Plata| Foto: EITAN ABRAMOVICH/AFP

A Marinha da Argentina afirmou neste domingo (19) que não está trabalhando com a questão da sobrevivência dos 44 tripulantes do ARA San Juan, submarino que está desaparecido desde a última quarta-feira (15). Isso porque, segundo o porta-voz Enrique Balbi, a tripulação estava preparada para uma viagem de 10 dias e tinha suprimentos para uma quinzena.

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Oxigênio, disse Balbi, também não seria um problema, "já que contam com armazenamento suficiente".

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Por outro lado, o porta-voz afirmou que as autoridades "não descartam nenhuma hipótese" sobre o que pode ter acontecido com o submarino, que perdeu comunicação quando fazia o trajeto entre Ushuaia (sul) e a Base Naval de Mar del Plata. A Marinha trabalha com a possibilidade de que esteja "tanto na superfície quando submerso, com ou sem propulsão".

As buscas ao San Juan já completaram 80% da área estipulada pela Marinha. A área foi delimitada a partir do ponto em que foi feito o último contato do submarino.

De acordo com os registros do radar, essa comunicação foi de 240 milhas para o golfo de São Jorge, ou seja, 432 quilômetros no mar.

Antes de completar os 20% restantes da superfície marítima, o protocolo foi ativado para investigar as profundezas do mar, informou o jornal "Clarín".

O submarino tem uma velocidade submersa de 25 nós, ou cerca de 45 km/h, e pode navegar até profundidades superiores a 250 metros. Ambos os parâmetros são levados em consideração para traçar a área de pesquisa.

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Buscas

As Forças Armadas argentinas têm empregado todo tipo de embarcações e aviões nas buscas, de barcos científicos e corvetas a aviões de guerra, além de ter aceitado a ajuda, inclusive, de navios pesqueiros.

O Brasil mobilizou três embarcações da Marinha, o navio polar almirante Maximiano, que se deslocava para Estação Antártica Comandante Ferraz; a fragata Rademaker, que regressava de uma operação com a Armada do Uruguai, e o navio de socorro submarino Felinto Perry, que desatracou da base almirante Castro e Silva, localizada no Rio de Janeiro.

Segundo nota do Ministério da Defesa, o navio Almirante Maximiliano chegou na manhã deste domingo à área onde o submarino deu seu último sinal de rádio, comunicando-se com o Navio de Apoio Logístico da Armada da Argentina Patagônia.

As buscas, porém, estão sendo dificultadas por ondas de 6 metros, diz a nota.

A Força Aérea Brasileira também está colaborando com o envio de duas aeronaves, uma aeronave SC-105 Amazonas (busca e salvamento - SAR) e P-3AM Orion (patrulha).

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