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Informações veiculadas em canais do Telegram da Rússia e pelo think tank americano Instituto para o Estudo das Guerras (ISW, na sigla em inglês) afirmam que Pavel Prigozhin, filho de Yevgeny Prigozhin, está se preparando para assumir o comando do Grupo Wagner. Segundo as informações, Pavel é o único herdeiro dos vastos bens deixados por Prigozhin, morto em um acidente de avião ocorrido em agosto, e possui legalmente o controle da empresa paramilitar privada.
Um canal do Telegram chamado Port alega ter conseguido uma cópia do testamento de Yevgeny Prigozhin, datado de 2 de março e autenticado, que designa Pavel, de 25 anos, como seu sucessor. De acordo com essas fontes não oficiais, Pavel teria formalizado um pedido de herança o último dia 8 de setembro.
Além disso, circulam informações sobre as negociações ativas de Pavel Prigozhin para reintegrar os combatentes do Wagner nas operações de combate na Ucrânia. No entanto, a veracidade dessas informações permanecem incertas, e não está claro como os membros do Wagner seriam incorporados nas diferentes estruturas militares da Rússia na Ucrânia.
Pavel, que segundo as informações já teria aceitado os termos do testamento de seu pai, está destinado a herdar não apenas o controle do Grupo Wagner, mas também uma herança estimada em cerca de US$ 121 milhões (R$ 612 milhões), uma residência em São Petersburgo, nove empresas de capital aberto e diversos outros ativos.
A morte de Yevgeny Prigozhin, que em junho tentou realizar um motim sem sucesso contra o governo russo, deixou um vácuo de liderança no Grupo Wagner.
O grupo paramilitar, que se tornou bastante conhecido por ser uma das principais forças da Rússia durante sua invasão à Ucrânia, enfrenta acusações de violações dos direitos humanos em diversas regiões, como a Síria, Líbia, República Centro-Africana, Sudão, Mali, Moçambique e na própria Ucrânia.