Washington - A Casa Branca disse na quinta-feira que a transição na liderança norte-coreana parece estar apenas no seu estágio inicial, e que sua conclusão ainda irá demorar a se tornar discernível.
O assessor do presidente Barack Obama para a Ásia, Jeff Bader, deixou claro, entretanto, que Washington monitora de perto a situação política no regime comunista norte-coreano. Pyongyang nas últimas semanas emitiu sinais de que Kim Jong-un deverá se tornar o sucessor de seu pai, Kim Jong-il.
"Eles estão claramente no processo de uma transição, bem no começo dela", disse Bader a jornalistas ao comentar a viagem que Obama fará no mês que vem à Ásia, inclusive à Coreia do Sul, aliada dos EUA, onde participará de uma cúpula do G20.
"Não acho que os contornos finais (da futura liderança) estejam completamente claros ou venham a ficar claros antes de algum tempo", acrescentou.
Bader não quis especular sobre como uma mudança de liderança poderia afetar os esforços dos EUA para restringir o programa nuclear norte-coreano. Apesar das sanções internacionais que lhe causam grandes dificuldades econômicas, a Coreia do Norte não aceita abrir mão do seu arsenal nuclear.
"Pode-se argumentar que ... antes que haja uma transição há oportunidades (ou) argumentar que haveria melhores oportunidades após a transição", afirmou.
"E não acho que tenhamos uma posição a respeito."
"Estamos fazendo propostas. Estamos procurando fazer as coisas. E se eles fizerem antes que a transição ocorra, porque o atual líder está buscando um legado, seria ótimo. Mas não acho que possamos cravar uma suposição política de que esse seria o caso."
Acredita-se que Kim Jong-il, filho de Kim Il-sung, fundador do regime comunista, esteja muito doente. Kim Jong-un, seu filho mais jovem, foi recentemente nomeado general, membro da Comissão Militar Central do Partido Comunista e membro do Comitê Central do partido, cargos que sugerem que ele pode ascender à liderança máxima.