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O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, disse nesta terça-feira (8) que Hashem Safieddine, cotado para substituir Hassan Nasrallah como chefe do grupo terrorista libanês Hezbollah, “provavelmente” morreu na última sexta-feira, em um ataque em Beirute.
“O Hezbollah é uma organização sem líderes. Nasrallah foi eliminado, seu substituto provavelmente também foi eliminado. Isso tem um efeito dramático em tudo o que acontece. Não há ninguém para tomar decisões, ninguém para agir”, afirmou o ministro durante uma visita ao Comando Norte das Forças de Defesa de Israel (FDI).
Nasrallah, que liderou o grupo pró-iraniano por mais de 30 anos, foi inesperadamente morto em um bombardeio no sul de Beirute no final de setembro e, menos de uma semana depois, Israel atacou a mesma região, tendo como alvo seu possível sucessor.
De acordo com a emissora Al Jazeera, do Catar, citando fontes de segurança libanesas, o Hezbollah perdeu contato com o clérigo, embora ainda não tenha confirmado sua morte.
Há duas semanas, Israel lançou uma campanha de ataques contra o Hezbollah, concentrada principalmente no sul e no leste do Líbano, mas também tendo como alvo a capital Beirute, matando muitos dos líderes do grupo terrorista.
Além disso, na semana passada, iniciou uma incursão terrestre no sul do Líbano, que as autoridades israelenses descrevem como “operações limitadas” contra a infraestrutura xiita ao longo da fronteira.
Pelo menos 11 militares israelenses foram mortos em confrontos com o grupo xiita desde o início da operação, de acordo com as FDI. Autoridades do Líbano afirmam que mais de 2 mil pessoas foram mortas durante a guerra paralela entre Israel e o Hezbollah.
Segundo informações do site Iran Insight, Safieddine tem 60 anos e estudou teologia ao lado de Nasrallah em Najaf, no Iraque, e em Qom, no Irã, dois importantes centros de educação religiosa xiita. Ambos se tornaram membros do Hezbollah logo nos primeiros anos do grupo terrorista.
Alvo de sanções dos Estados Unidos e da Arábia Saudita, Safieddine liderava o conselho executivo do Hezbollah e, além das afinidades políticas e ideológicas, tem laços familiares com o Irã, principal apoiador do grupo.