Imagem de satélite mostra fumaça em prédio próximo do Aeroporto Internacional de Cartum, capital do Sudão| Foto: EFE/EPA/MAXAR TECHNOLOGIES
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Mais de 180 civis foram mortos e 1,8 mil ficaram feridos durante três dias de combates no Sudão entre o Exército e a poderosa milícia paramilitar Forças de Apoio Rápido (FAR), disse nesta segunda-feira (17) o enviado especial da ONU ao país africano, Volker Perthes, em entrevista coletiva.

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Perthes também denunciou que nas últimas 48 horas escritórios e armazéns do Programa Mundial de Alimentos (PMA), Unicef e outras agências da ONU “ficaram no meio do fogo cruzado, pilhados e destruídos em Darfur”, um cenário que ele descreveu como uma “grande transgressão”.

Sobre a situação dos combates, o representante da ONU advertiu que “parece haver alguma mobilização das milícias tribais envolvidas no conflito entre o Exército e as FAR, e que elas estão se intensificando em Cartum, onde combates pesados estão ocorrendo no aeroporto e nas bases militares”.

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Os combates também se intensificaram em Darfur, especialmente em Al Fasher e Nyala, no norte e sul da conturbada região ocidental do país.

Perthes confirmou que tanto o Exército quanto as FAR concordaram nesta segunda-feira, pelo segundo dia consecutivo, em parar as hostilidades por três horas e promover a abertura de corredores humanitários para que os civis possam se refugiar em áreas seguras, acessar hospitais ou ir à busca de suprimentos, mas os combates foram retomados antes do fim do cessar-fogo.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]