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O Governo sudanês definiu neste sábado com a ONU e a União Africana (UA) a criação de um comitê conjunto para acelerar o apoio às tropas africanas mobilizadas na região de Darfur, no oeste do Sudão.

O vice-secretário-geral da ONU para as tropas de pacificação, Hadi Inabi, disse aos jornalistas que manteve hoje conversas com o ministro da Defesa sudanês, Abdel Rahim Hussein, e com o responsável de Exteriores, Lam Akol, sobre a situação em Darfur e as tropas africanas mobilizadas na região.

As conversas se centraram nas medidas necessárias para acelerar a aplicação de ajuda técnica e logística às tropas africanas que estão em Darfur para proteger os civis e manter a paz nesta região, disse Inabi.

O responsável da ONU também disse que participará da reunião que a UA manterá amanhã com o Sudão e a ONU em Adis-Abeba sobre Darfur.

O porta-voz do Ministério de Exteriores sudanês, Ali Al-Sadeq, informou que Inabi comunicou a Akol que a ONU não enviará tropas internacionais a Darfur sem a aceitação do Governo de Cartum.

Sobre a mobilização de tropas internacionais na fronteira do Sudão com o Chade para impedir o deslocamento dos rebeldes, Sadeq disse que a ONU enviará um comitê de investigação para avaliar a situação e visitar os acampamentos dos deslocados em Darfur e no Chade, antes de tomar uma decisão.

O conflito de Darfur começou em fevereiro de 2003, quando dois grupos rebeldes iniciaram um levante armado para protestar contra a pobreza e marginalização dessa região.

Desde essa data, cerca de 200.000 pessoas morreram e mais de 2 milhões tiveram que abandonar suas casas e ir para campos de refugiados no Sudão e no Chade.

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