A Suécia ainda não precisa de máscaras, afirmou Anders Tegnell, o principal epidemiologista do país, nesta quinta-feira (3), quando as mortes decorrentes da pandemia de coronavírus passaram de 7 mil no país - e um dia depois de a Organização Mundial da Saúde (OMS) ampliar as recomendações sobre máscaras.
Na quarta-feira (2), a OMS disse que, onde a epidemia estiver se disseminando, as pessoas deveriam sempre usar máscaras em lojas, ambientes de trabalho e escolas que não têm ventilação adequada e quando receberem visitas em casa, em cômodos pouco ventilados.
Mas a Agência Sueca de Saúde não chegou a recomendar o uso do artefato, citando os indícios frágeis de sua eficácia e os temores de que as máscaras possam ser usadas como desculpa para as pessoas não se isolarem quando tiverem sintomas.
"Máscaras podem ser necessárias em algumas situações. Essas situações não surgiram na Suécia ainda, de acordo com nosso diálogo com [os serviços de saúde das] regiões", disse Tegnell em uma entrevista coletiva nesta quinta-feira (3). "Todos os estudos até agora sugerem que é muito mais importante manter a distância do que ter uma máscara", disse.
Na tentativa de conter uma segunda onda da doença no país, o primeiro-ministro sueco, Stefan Lofven, anunciou nesta quinta-feira (3) que as escolas de Ensino Médio serão fechadas por um mês, e as aulas serão ministradas a distância. "Fazemos isso para conter os contágios" explicou o chefe de governo, acrescentando que a medida será aplicada de segunda-feira (7) até o reinício das aulas, em 6 de janeiro.
Na primeira onda, as escolas secundárias ficaram fechadas de meados de março a meados de junho. Jardins de infância, escolas de ensino fundamental e estabelecimentos de ensino superior permaneceram abertos, como é o caso hoje