A Suécia aumentou sua presença militar no arquipélago de Estocolmo neste sábado (18) para vasculhar suas águas por "atividade estrangeira debaixo d'água" em uma mobilização de navios, tropas e helicópteros não vista desde a Guerra Fria.
A busca no Mar Báltico a menos de 50 quilômetros de Estocolmo começou na sexta-feira (17) e trouxe de volta memórias dos últimos anos da Guerra Fria quando a Suécia perseguiu repetidamente supostos submarinos ao longo de sua costa com cargas profundas.
A operação ocorre em meio ao aumento das tensões com a Rússia entre os países nórdicos e bálticos sobre a crise na Ucrânia. Na semana passada, a Finlândia acusou a marinha russa de interferir em um navio de pesquisa ambiental finlandês em águas internacionais.
O exército sueco afirmou que informações sobre atividades suspeitas vieram de uma fonte confiável, sem dar mais detalhes, e que cerca de 200 militares estavam envolvidos na busca.
Em 1981 o submarino soviético, conhecido sob a designação sueca U137, encalhou no fundo das águas suecas não longe da maior base naval do país neutro, gerando intensas suspeitas sobre a escala e os motivos e tais incursões.
Navios, helicópteros e tropas de uma unidade anfíbia, bem como a guarda doméstica, estavam monitorando a área.
O trabalho inclui uma corveta com tecnologia e equipamentos para uma guerra anti-submarino.
"Nós consideramos as informações que recebemos muito confiáveis", disse o Capitão Jonas Wikstrom, chefe de operações para a busca, a jornalistas. "Como chefe de operações, decidi aumentar o número de unidades na área."
Os militares disseram na sexta-feira que não houve intervenção armada e se recusaram a comentar quem poderia ser responsável pela atividade, e se o relatório tinha sido sobre um submarino.
No mês passado, a Suécia disse que dois aviões de guerra russos entraram em seu espaço aéreo, chamando a intrusão de "grave violação" e enviando um protesto para o embaixador de Moscou no país nórdico.