Os suíços aprovaram neste domingo (18) um referendo a favor da neutralidade de carbono até 2050. A decisão ocorre em meio ao derretimento das geleiras e como uma forma de reduzir a dependência de combustíveis fósseis.
De acordo com os resultados finais, 59% dos eleitores votaram a favor da nova lei, que forçará o país a reduzir drasticamente sua dependência de petróleo e gás importados. A nova norma incentiva o desenvolvimento de alternativas mais ecológicas e de produção própria.
A proposta prevê um apoio financeiro de 2 bilhões de francos suíços (US$ 2,2 bilhões ou R$ 10,6 bilhões na cotação atual) durante uma década, com intuito de promover a substituição da calefação movida a gás ou petróleo por alternativas sustentáveis e também ajuda na adoção de inovações verdes nas empresas.
Pesquisas recentes mostraram o apoio de quase todos os grandes partidos suíços, com exceção do Partido do Povo Suíço (UDC), de direita, que argumentou que isso poderia prejudicar a economia do país. Atualmente, a Suíça importa cerca de 3/4 s de sua energia, incluindo todo o petróleo e gás natural. Segundo o partido, a neutralidade do carbono até 2050 implicaria a proibição dos combustíveis fósseis, o que colocaria em risco o acesso à eletricidade, assim como aumentaria seu preço.
Em um segundo referendo, 78,5% dos cidadãos também apoiaram um imposto de 15% sobre grandes empresas multinacionais, de acordo com as primeiras pesquisas de boca de urna. A tributação mínima será aplicada aos grupos de empresas com um volume de negócios anual de, pelo menos, 750 milhões de euros.
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