Cabana em Merishausen, no norte da Suíça, onde uma americana de 64 anos morreu numa “cápsula de suicídio” esta semana| Foto: EFE/EPA/ENNIO LEANZA
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Quatro pessoas foram presas na Suíça após a morte de uma americana de 64 anos numa chamada “cápsula de suicídio” no município de Merishausen, no norte do país, na última segunda-feira (23).

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Segundo informações da agência Reuters, a polícia do cantão (divisão administrativa suíça) de Schaffhausen informou que o Ministério Público abriu processos criminais contra várias pessoas por “induzir, auxiliar e instigar o suicídio”.

O grupo The Last Resort, que levou a cápsula para que a mulher tirasse a própria vida, alegou que ela estava com o sistema imunológico “gravemente comprometido”. A chamada cápsula Sarco foi usada pela primeira vez neste incidente.

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Os quatro detidos são Florian Willet, copresidente do The Last Resort, um jornalista holandês e dois suíços. Willet era a única outra pessoa que estava presente quando a americana tirou a própria vida, disse uma porta-voz do The Last Resort, que alegou que a mulher passou por avaliações psiquiátricas antes do procedimento.

O suicídio assistido é permitido na Suíça, desde que o ato que causa diretamente a morte seja praticado apenas pela pessoa que deseja morrer.

A Sarco leva à morte quando seu ocupante aperta um botão para liberar nitrogênio em seu interior, reduzindo a quantidade de oxigênio a níveis letais, e seu uso tem sido discutido na sociedade e na imprensa suíças.

Segundo informações da agência Keystone-SDA, a ministra da Saúde do país, Elisabeth Baume-Schneider, disse à Câmara dos Deputados nesta semana que a cápsula não atende aos requisitos da legislação de segurança de produtos e que o uso de nitrogênio no dispositivo não é compatível com a lei sobre produtos químicos.