A Suíça anunciou nesta terça-feira a disposição de cooperar com o Banco Mundial (Bird) e a ONU nas tentativas de recuperar as fortunas acumuladas de modo ilícito por ex-ditadores de países em desenvolvimento.
"A Suíça tem todo o interesse de impedir que fundos de origem criminosa terminem em seu sistema financeiro", afirma um comunicado do ministério suíço das Relações Exteriores.
Rompendo com uma tradição de sigilo bancário que a transformou em um dos caixas-fortes preferidos dos ditadores, há uma década a Suíça implementou medidas de prevenção, rastreamento, bloqueio e restituição de fundos fraudulentos.
"A Suíça realizou nos últimos anos restituições de 1,6 bilhão de dólares", afirmaram as autoridades.
A Suíça prolongou recentemente o congelamento de fundos do ex-ditador haitiano Jean-Claude "Baby Doc" Duvalier, avaliados em 7,6 milhões de franco-suíços (4,6 milhões de euros).
Quase 40 bilhões de dólares são roubados a cada ano nos países mais pobres do planeta, a maioria das vezes por pessoas que se encontram nas principais esferas do Estado, segundo a ONU e o Bird, que lançaram na segunda-feira uma "iniciativa para a recuperação dos ativos roubados" (STAR, na sigla em inglês).
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