Um suicida explodiu hoje um carro carregado de explosivos em uma delegacia em Hillah, ao sul de Bagdá, matando 21 policiais, informou o chefe do hospital da cidade. O ataque também deixou 75 policiais feridos, 30 deles com gravidade, disse o médico, pedindo anonimato. O número de mortos foi confirmado por uma lista das vítimas, divulgada no principal hospital da cidade.
Hillah fica no centro do Iraque, 95 quilômetros ao sul da capital iraquiana. Este é o segundo grande ataque no país desde a morte do líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden, na segunda-feira, em uma ação de um comando especial dos Estados Unidos no Paquistão. Os iraquianos temem que o braço local da Al-Qaeda realize ataques para mostrar força.
Um membro do conselho provincial da região de Babil, Hamid al-Milli, disse que o agressor entrou com o veículo no prédio sem que os guardas tivessem a chance de atirar contra ele. Uma testemunha afirmou que a explosão derrubou uma estrutura de concreto que cobria um estacionamento em que muitas viaturas policiais estavam estacionadas. O local atacado fica em uma importante área comercial de Hillah. Como o atentado foi no início do dia, muitas pessoas ainda não estavam no trabalho, o que resultou em menos mortes do que poderia ter ocorrido.
Hillah é uma cidade de maioria xiita, próxima do chamado Triângulo de Morte - uma área de maioria sunita, que já foi considerada a mais perigosa do país. Pela proximidade, Hillah é um alvo frequente de extremistas sunitas. Nenhum grupo reivindicou o atentado até o momento. Porém extremistas da Al-Qaeda no Iraque frequentemente atacam as forças iraquianas, para minar a segurança no país. Segundo funcionários, o ataque tem a marca da rede terrorista.
Na terça-feira, um carro-bomba explodiu perto de um café lotado de pessoas que assistiam futebol na TV, matando pelo menos 16. O ataque aconteceu no enclave xiita de Dora, uma área no sudoeste de Bagdá em que já ocorreram algumas das mais duras batalhas no conflito iraquiano. Ninguém assumiu esse atentado, mas insurgentes sunitas frequentemente atacam xiitas que, para eles, não são muçulmanos legítimos, a fim de incitar a violência sectária.
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