Um cidadão suíço mantido como refém há mais de dois anos pelo grupo radical islâmico Abu Sayyaf, no sul das Filipinas, conseguiu escapar neste sábado (6) durante um ataque do Exército, informaram fontes militares.
A organização, que possui vínculos com a Al Qaeda e apoiou publicamente o Estado Islâmico (EI), mantém sob seu poder o holandês Ewold Horn, capturado juntamente com o suíço em fevereiro de 2012. Os dois são ornitólogos amadores e observavam aves raras na ilha de Tawi-Tawi quando foram sequestrados.
Um porta-voz do Exército declarou à imprensa que o suíço Lorenzo Vinciguerra está bem, mas foi ferido durante a fuga porque lutou com seus sequestradores.
De acordo com o capitão Rowena Muyuela, o Exército filipino bombardeou a área de floresta onde os sequestradores estavam refugiados, na ilha de Sulu, a cerca de 960 quilômetros ao sul da capital Manila, e Vinciguerra aproveitou o caos para atacar Juhurim Hussein, subcomandante do Abu Sayyaf.
O suíço tomou o facão do terrorista e golpeou seu pescoço, o que aparentemente o matou. Em seguida, fugiu para a floresta, mas acabou se ferindo ao escapar dos outros sequestradores, segundo a versão oferecida pelos militares.
O Abu Sayyaf é formado por cerca de 400 rebeldes e libertou um casal de turistas alemães, em outubro, e uma menina de oito anos, em novembro, após receber pagamento de resgate.
Um guarda costeiro malaio e uma mulher chinesa e sua filha também estão sob o poder do grupo.
A organização foi criada em 1991 por alguns ex-combatentes da guerra do Afeganistão contra a antiga União Soviética. O Abu Sayyaf é acusado de ser o responsável pelos atentados mais sangrentos nas Filipinas, além de vários sequestros com os quais se financia.
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