Milhares de sul-africanos manifestaram-se na Internet neste sábado pedindo a renúncia do presidente Jacob Zuma, após um jornal revelar documento do governo detalhando o uso de recursos públicos para reformas luxuosas em sua casa particular.

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Na sexta-feira o semanário The Mail and Guardian afirmou que um relatório provisório do maior organismo anti-corrupção da África do Sul aponta que Zuma obteve um ganho pessoal "substancial" em uma "atualização de segurança" de 21 milhões de dólares em sua residência, incluindo uma piscina e um curral para gado.

O documento vazado pelo protetor público, Thuli Madonsela, intitulado "Opulência em Grande Escala", recomenda que Zuma devolva parte dos fundos das melhorias de seu complexo em Nkandla, nas colinas da província de KwaZulu-Natal.

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O relato da investigação de Madonsela despertou revolta nas mídias sociais, e o proeminente ativista Zackie Achmat criou uma petição on-line pela saída de Zuma que angariou 8.200 apoiadores pouco mais de 24 horas após a divulgação da notícia.

A reportagem provavelmente irá reforçar a percepção de corrupção generalizada no governo Zuma e pode prejudicá-lo, e ao seu governista Congresso Nacional Africano (ANC na sigla em inglês), na eleição marcada para daqui a seis meses.

O porta-voz de Zuma recusou-se a comentar, e o escritório de Madonsela disse que o vazamento foi "anti-ético e ilegal". O ANC disse acreditar que Zuma não fez nada errado.