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Tragédia

Sul-coreanos procuram culpados por naufrágio

Mulher reza num memorial feito em homenagem às vítimas do naufrágio da balsa Sewol | Kim Hong-Ji/Reuters
Mulher reza num memorial feito em homenagem às vítimas do naufrágio da balsa Sewol (Foto: Kim Hong-Ji/Reuters)

O luto da Coreia do Sul pelos mais de 300 mortos no naufrágio da embarcação Sewol se desvanece à medida que a sociedade procura culpados, com a presidente no ponto de mira, em um país que sente falhas apesar de seu forte desenvolvimento econômico.

A recente renúncia do primeiro-ministro Chung Hong-won, entre fortes críticas ao Executivo por seu desastroso papel na tragédia causada por uma cadeia de despropósitos, não parece suficiente para um país desolado e indignado, que passou a apontar diretamente para sua chefe de Estado, Park Geun-hye.

Park, que aceitou e encorajou a renúncia de seu primeiro-ministro, é cada vez mais criticada por descarregar a responsabilidade em outras pessoas desde dias posteriores ao fato, nos quais apontou diretamente o capitão como culpado, comparando sua conduta com a de um "assassino".

Ahn Cheol-soo, co-líder do principal partido opositor Nova Aliança Política e um dos políticos mais respeitados do país, afirmou ontem que a presidente é uma "covarde que mostra sua responsabilidade" ao entregar a cabeça do primeiro-ministro e nem sequer pede desculpas aos cidadãos.

Tanto os meios de comunicação como os familiares das vítimas acham que o governo reagiu ao acidente tardiamente e sem coordenação, o que impediu o salvamento de mais vidas. Eles também acusam Seul de não ter feito os suficientes esforços nos trabalhos de resgate durante os primeiros dias.

Além disso, para grande parte da sociedade sul-coreana, o naufrágio evidenciou o mau funcionamento do novo sistema de prevenção e resposta a desastres instaurado por Park após sua chegada ao poder, há pouco mais de um ano, em cumprimento a uma de suas promessas eleitorais.

Vídeo

A guarda costeira sul-coreana divulgou um vídeo que mostra o capitão da balsa, sem calças, fugindo enquanto centenas de pessoas permaneciam no interior da embarcação. Todos os 15 tripulantes do navio responsáveis pela saída dos passageiros estão detidos e enfrentam acusações como negligência e abandono de passageiros.

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