O governo do primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, formado há 15 meses e liderado por xiitas, enfrenta a sua maior crise depois que o principal bloco árabe sunita no Parlamento retirou seu ministros do gabinete nesta quarta-feira (1). "Esta é provavelmente a crise política mais séria que enfrentamos desde a aprovação da Constituição. Se não for resolvida, as implicações serão graves", disse o vice-primeiro-ministro Barham Salih, que é curdo.
Os conflitos no Iraque, principalmente entre xiitas e sunitas, existem desde quando Saddam Hussein liderava o país sob uma ditadura linha-dura. Após a invasão liderada pelos Estados Unidos em 2003, a minoria sunita perdeu o poder para os xiitas. A mudança levou a um aumento da tensão entre os dois grupos, que chegou à atual guerra civil.
As negociações sobre a nova Constituição do Iraque, adotada em um referendo de outubro de 2005, foram difíceis. Autoridades dos Estados Unidos e de outros países fizeram muitos esforços para convencer a minoria árabe sunita a participar da votação e das eleições nacionais de dezembro de 2005, que levou os xiitas ao poder.
A Frente de Acordo Sunita anunciou na quarta-feira (1) que retiraria seus cinco ministros e seu vice-primeiro-ministro do governo, em protesto pela recusa de Maliki de cumprir uma lista de exigências, incluindo maior participação em decisões de segurança nacional. Outro problema, segundo a organização, é que Malilki teria marginalizado seus ministros, recusando-se até mesmo a conversar com o vice-presidente Tareq al-Hashimi, que continua no cargo.
Novo ataque
Pelo menos 50 pessoas morreram e outras 60 ficaram feridas por causa da explosão de um caminhão cisterna, nesta quarta-feira (1), que transportava gasolina no bairro de Zaura, no oeste de Bagdá. Segundo fontes policiais, a explosão atingiu a multidão que fazia fila para receber combustível.
A princípio, tinha sido anunciado que o número de mortos neste atentado era de cerca de dez, mas teme-se que esse número continuará crescendo, devido à gravidade de alguns feridos.
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