A suposta filha ilegítima de Albert II - que abdicou ao trono na Bélgica -, Delphine Boël, decidiu iniciar outro procedimento para provar que o antigo monarca dos belgas é seu pai biológico, informou nesta quarta-feira um de seus conselheiros legais.
O advogado de Delphine afirmou que será necessário encerrar o primeiro procedimento iniciado para, em seguida, começar o novo, que levará em conta a mudança de status do soberano, destacaram a agência "Belga" e a emissora pública "RTBF".
Albert II abdicou no último domingo em favor de seu primogênito, Philippe, por isso o antigo monarca já não se beneficia da imunidade ligada à figura do rei.
A abertura do novo procedimento judicial poderá acontecer em 3 de setembro, dia em que já estava prevista uma audiência no Tribunal de primeira instância de Bruxelas, destacou a "Belga".
No último dia 17 de junho, Delphine solicitou à justiça belga que o monarca e o príncipe herdeiro fossem submetidos a exames de DNA para provar seu parentesco.
Solicitou a Albert II, ao ainda príncipe Philippe e à sua irmã, a princesa Astrid, que comparecessem perante essa instância judicial para participar de um teste de DNA.
A existência de Delphine - nascida em 1968 e supostamente fruto de uma relação do rei com a baronesa Sybille de Selys-Longchamps - veio à luz em 1999 como consequência da publicação de uma biografia não autorizada da rainha Paola.
Albert II nunca admitiu oficialmente que Delphine é sua filha, mas reconheceu implicitamente sua paternidade durante um discurso de Natal em que abordou a "crise" sofrida em sua relação com a rainha, com quem se casou em 1959.
Delphine Boël publicou em 2008 uma autobiografia intitulada "Couper le cordon" (Cortar o cordão umbilical, tradução livre), na qual indaga a relação que seus pais mantiveram durante anos e no qual explica que quando tinha 18 anos sua mãe confessou que seu pai era o então príncipe herdeiro.