O suposto espião americano, que no último domingo confessou que trabalhava para a CIA na televisão iraniana, recebia suas instruções através da companhia BAE Systems, a maior empresa de prestação de serviços de defesa do Reino Unido, informou nesta quinta-feira (22) a televisão iraniana em inglês, "PressTV".
Segundo a emissora, o suposto agente da CIA (agência de inteligência americana), identificado como Amir Mirza Hekmati, recebia ordens através da companhia BAE Systems, que além de disponibilizar prestadores de serviço, possui negócios aeronáuticos e interesses no mundo todo, especialmente nos Estados Unidos.
O suposto agente da CIA, de origem iraniana, nasceu no estado do Arizona, no sudoeste dos EUA, e foi detido no começo deste mês no Irã, quando, segundo as autoridades, tentava se infiltrar no Ministério de Inteligência.
A porta-voz do Departamento de Estado americano, Victoria Nuland, pediu ao Governo iraniano que autorize a embaixada da Suíça em Teerã, que abriga o escritório de interesse americano, a entrar em contato com Hekmati, porém, ela nega que o detido seja um espião de seu país. No entanto, Teerã confirmou que o mesmo será processado por espionagem.
Hekmati confessou ser um agente da CIA em um vídeo emitido no último domingo pela televisão oficial iraniana "IRIB". O suposto espião, que afirmou ter entrado nas Forças Armadas dos EUA em 2001, confessou que recebeu um treinamento especial para se infiltrar nas agências de inteligência iranianas, além de ter atuado no Iraque e Afeganistão.
Segundo as autoridades iranianas, os EUA tinha preparado "uma complexa trama" para se infiltrar no aparelho de inteligência da República Islâmica do Irã. A mesma fonte também especificou que Hekmati foi identificado pelos serviços de inteligência na base de Bagram, que os Estados Unidos possuem no Afeganistão.
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