Aviões supostamente norte-americanos atiraram mísseis na fronteira paquistanesa na sexta-feira, matando 13 militantes, incluindo cinco estrangeiros, disseram autoridades. Esse é o mais recente de uma série de ataques que têm enfurecido o Paquistão.
Houve quase 20 ataques com mísseis atirados de aviões sem pilotos desde o começo de setembro, mas o ataque de sexta-feira é o primeiro a acontecer desde o resultado das eleições norte-americanas, na terça-feira.
O Paquistão se opõe aos ataques, dizendo que eles não só são uma violação de sua soberania como também são contraproducentes nos esforços contra a militância que está por trás do aumento da violência no Afeganistão e no Paquistão.
Uma importante autoridade da região, Latif-ur-Rehman, disse à Reuters que os mísseis atingiram uma instalação de militantes na área do Waziristão do Norte.
"Foi um ataque certeiro e o complexo foi destruído", disse Rehman.
Pelo menos 13 militantes foram mortos, informou outra importante autoridade do governo e uma agência oficial de inteligência.
As forças norte-americanas aumentaram os ataques contra os militantes no Paquistão, como resposta à preocupação em relação à violência crescente no Afeganistão.
Várias pessoas foram mortas em ataques a míssil e em uma operação que atravessou a fronteira no dia 3 de setembro. No entanto, não nenhuma autoridade da Al Qaeda e do Taliban morreu.
O Paquistão, que tem uma bomba atômica e apóia os Estados Unidos, também combate os militantes na fronteira, mas diz que os ataques norte-americanos atrapalham suas tentativas de isolar os militantes, além de influenciar a opinião pública contra os Estados Unidos, o que favorece o discurso militante.
Os Estados Unidos não têm dado importância às críticas paquistanesas e dizem que os ataques protegem as tropas norte-americanas dentro do território afegão.
O Paquistão espera que o novo governo dos Estados Unidos seja mais sensível em relação ao assunto, embora o presidente eleito Barack Obama tenha sugerido durante a campanha que combateria os militantes que estão na fronteira "como um falcão".