O jamaicano Christopher "Dudus" Coke, acusado de chefiar uma importante quadrilha de tráfico de drogas e armas, declarou-se inocente na sua primeira audiência num tribunal de Nova York, na sexta-feira, depois de abrir mão do seu direito de ser julgado na Jamaica.
Coke, 42 anos, foi preso na terça-feira nos arredores de Kingston, a capital jamaicana, após cinco semanas de perseguição, o que inclui dezenas de mortes na ocupação policial de uma favela.
O juiz norte-americano Robert Patterson decidiu que Coke deveria ser mantido sob custódia, como quer a promotoria. Um advogado dele disse que pedirá para que seu cliente responda ao processo em liberdade.
O advogado Frank Doddato disse a repórteres que a defesa de Coke irá contestar as acusações, e não concorda com a promotoria nem a respeito de "que horas são."
Coke, que pode ser condenado à prisão perpétua, compareceu à audiência vestindo jaleco azul de prisioneiro, e parecia calmo. Na quinta-feira, numa rápida audiência judicial em Kingston, ele abriu mão do processo de extradição e foi embarcado em seguida num voo para Nova York.
O acusado disse ao tribunal jamaicano que viajava com pesar, mas convencido de que seria vingado e poderia voltar ao país como um homem livre.
Promotores norte-americanos o descrevem como líder da quadrilha chamada "Shower Posse," que matou centenas de pessoas durante as guerras pelo mercado da cocaína na década de 1980.
No mês passado, 76 pessoas morreram em quatro dias de ocupação policial-militar na favela de Tivoli Gardens, zona oeste de Kingston, onde se acreditava que Coke poderia estar refugiado.
Coke é simpatizante do partido governista jamaicano, o Trabalhista, e tem muita influência nas favelas da zona oeste de Kingston. O governo inicialmente rejeitou sua extradição para os EUA, e o caso chegou a abalar as relações entre os dois países.
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