Se o tribunal rejeitar o recurso de Berlusconi, será a primeira condenação definitiva do magnata da mídia em dezenas de processos judiciais e marcará o fim de duas décadas de domínio da política por meio de seu controle midiático e habilidade política| Foto: REUTERS/Alessandro Bianchi

A Suprema Corte da Itália começou nesta terça-feira (30) a análise do último recurso de Silvio Berlusconi contra uma sentença de prisão e proibição de ocupar cargos públicos em um caso que poderá ameaçar a frágil coalizão de governo do país se a condenação for confirmada.

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No primeiro dia da audiência, o promotor público Antonello Mura rejeitou a maior parte dos argumentos de Berlusconi de que o veredicto de um tribunal inferior, que o condenou por fraude fiscal, apresentava falhas, mas solicitou uma redução da proibição de ocupar cargos públicos para três anos, ao invés de cinco, por motivos técnico-jurídicos.

Ele pediu que os cinco juízes da Suprema Corte confirmem a pena de prisão de um ano para Berlusconi.

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A análise do caso foi adiada até quarta-feira, quando o tribunal deverá ouvir contra-argumentos da equipe de defesa de Berlusconi, que foi quatro vezes primeiro-ministro da Itália, e uma decisão é esperada até quinta-feira.

Se o tribunal rejeitar o recurso de Berlusconi, será a primeira condenação definitiva do magnata da mídia em dezenas de processos judiciais e marcará o fim de duas décadas de domínio da política por meio de seu controle midiático e habilidade política.

Essa é a última instância jurídica à qual Berlusconi, de 76 anos, poderá apelar contra o veredicto proferido por tribunais inferiores pela compra fraudulenta de direitos de transmissão por seu império de mídia Mediaset. Três outras pessoas também foram condenadas neste caso.