A Suprema Corte dos EUA anunciou nesta segunda-feira que vai julgar uma apelação apresentada por um homem acusado de integrar a Al-Qaeda. Ele está questionando na Justiça o poder do presidente George W. Bush para criar tribunais militares destinados a julgar por crimes de guerra os prisioneiros da base naval dos EUA em Guantánamo, Cuba.

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Os juízes concordaram em avaliar uma decisão de uma corte de apelações, segundo a qual Salim Ahmed Hamdan, um iemenita acusado de ser motorista e segurança de Osama bin Laden, poderia ser julgado num tribunal militar.

A Suprema Corte vai ouvir os argumentos do caso no ano que vem. A decisão é esperada para junho. Será a primeira vez que a corte vai emitir uma decisão num caso que envolve a guerra ao terrorismo, desde as decisões de junho de 2004 que rejeitaram a posição legal do governo.

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A decisão da corte de apelações, anunciada em 15 de julho, foi tomada por um painel de três juízes, que incluía John Roberts, mais tarde nomeado para a presidência da Suprema Corte.

Roberts disse que ele não tomou parte na consideração do pedido de Hamdan à Suprema Corte. Ele disse à Comissão do Judiciário no Senado que ele não tomaria parte, na Suprema Corte, de qualquer caso de que ele tenha participado como juiz de corte de apelações.

Os tribunais militares, formalmente chamados de comissões militares, foram autorizados por Bush depois dos atentados de 11 de setembro de 2001.

Na base de Guantánamo, são mantido cerca de 500 suspeitos de integrar a Al-Qaeda e a milícia talibã, do Afeganistão. Acusações contra quatro detentos foram encaminhadas a uma comissão - entre eles, Hamdan.

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