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Acordo com o Irã

Supremo argentino decide que Kirchner deve ser julgada por suposto acobertamento de terroristas

Corte Suprema da Argentina rejeitou recursos da ex-presidente e determinou que ela vá a julgamento por suposto acordo com Irã para acobertar envolvidos em atentado em 1994 (Foto: EFE/Juan Ignacio Roncoroni)

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A Corte Suprema de Justiça da Argentina decidiu nesta quinta-feira (5) rejeitar recursos apresentados pela ex-presidente Cristina Kirchner (2007-2015) e determinou que ela vá a julgamento por acusações de que teria feito um pacto com o Irã para acobertar a participação de agentes do regime dos aiatolás no maior atentado terrorista da história do país sul-americano.

Segundo informações do jornal Clarín, o supremo argentino ratificou uma decisão da Câmara I do Tribunal Federal de Cassação Penal para reabertura do caso, apresentado em 2015 pelo procurador Alberto Nisman, poucos dias antes dele ser encontrado morto no seu apartamento em Buenos Aires.

Kirchner é acusada de ter encoberto a participação de cinco iranianos como autores intelectuais do ataque à sede da Associação Mutual Israelita Argentina (Amia) em 1994 em Buenos Aires, por meio da assinatura de um memorando de entendimento com o Irã quando era presidente.

Em abril deste ano, a Justiça da Argentina considerou o Irã responsável pelo atentado na sede da Amia, ocorrido em 18 de julho de 1994 e que matou 85 pessoas. Dois anos antes, um atentado à Embaixada de Israel em Buenos Aires havia deixado 29 mortos.

O tribunal responsável pela decisão disse que os dois ataques foram uma decisão política e estratégica do regime iraniano e foram executados pelo Hezbollah, “que agiu sob a inspiração, organização, planejamento e financiamento de organizações estatais e paraestatais subordinadas ao governo dos aiatolás”.

Por outro lado, a Suprema Corte da Argentina manteve nesta quinta-feira o arquivamento de outro caso contra a peronista, acusada de fraude por prejuízo para o Banco Central da Argentina com a venda de dólares futuros em valor inferior ao que era oferecido no mercado durante sua gestão.

Em novembro, um tribunal federal de segunda instância confirmou uma condenação de Kirchner a seis anos de prisão e inabilitação perpétua para ocupar cargos públicos devido a um esquema de desvios de recursos de obras públicas na província de Santa Cruz, berço político do kirchnerismo.

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