A Suprema Corte israelense analisou uma polêmica lei que permite ao estado confiscar propriedades em Israel de residentes na Cisjordânia e que, segundo os críticos, está destinada à desapropriação de imóveis de palestinos em Jerusalém.
A legislação foi submetida a debate em uma audiência realizada na última segunda-feira após uma reivindicação do Estado perante o Supremo para invalidar uma jurisprudência de uma corte de distrito que opinou que a mesma não fora implementada em Jerusalém, informou nesta quarta-feira o jornal Ha'aretz.
De acordo com o jornal, pelo menos dois procuradores e um tribunal de distrito mostraram oposição à norma ao longo dos anos.
A legislação afeta em particular os palestinos residentes na Jerusalém Oriental que perderam suas propriedades após serem deslocados para fora dos perímetros municipais da urbe que Israel controla depois da Guerra dos Seis Dias (1967).
Em alguns casos, os proprietários foram declarados ausentes por se deslocar a poucos metros de suas propriedades e residir em zonas além dos limites que Israel considera sua capital.
A comunidade internacional e os palestinos não reconhecem a parte oriental de Jerusalém como parte de Israel, pois nela desejam estabelecer a capital de seu futuro estado.