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Automação

Surge robô capaz de vencer imprevistos

Washington – Uma pesquisa financiada pela Nasa levou ao desenvolvimento de um robô capaz de "se virar sozinho" em ambientes desconhecidos. Três engenheiros americanos desenvolveram um sistema que permite ao robô encontrar alternativas para se movimentar depois de sofrer danos, sem a ajuda de um operador.

Josh Bongard (Universidade de Vermont) Hod Lipson e Victor Zykov (ambos da Universidade Cornell), criaram uma máquina que consegue perceber o problema em seu corpo e se recuperar com novos movimentos.

Aplicação

O estudo, que está na edição deste mês da Revista Science, aplica-se com perfeição à exploração espacial. Será o fim das incertezas para missões que envolvem grandes investimentos, muito tempo e grande demanda de mão-de-obra especializada. O desafio dos pesquisadores, agora, é encontrar outras aplicações para a tecnologia e torná-la ainda mais complexa, com um time de robôs que trabalhe em conjunto.

O ambiente industrial, onde os robôs são largamente empregados, não costuma sofrer grandes alterações. É o uso da automação "da porta para fora" que tem instigado os pesquisadores.

O robô desenvolvido pelo trio americano pode, por exemplo, monitorar o movimento e a vibração de uma ponte. Qualquer sinal de danos à estrutura dispararia um alarme para interrupção do tráfego e para a convocação de uma equipe de manutenção.

Os engenheiros montaram o robô com quatro pernas articuladas, que usa a leitura de pequenos sensores em cada junção para montar um modelo computadorizado de qual é a melhor maneira para se movimentar. Nos testes, quando uma das pernas foi retirada, um dos oito sensores indicou a mudança e o robô alterou o modelo, incorporando os novos dados, para se adaptar à estrutura. Ainda que manco e desajeitado, o equipamento arranjou uma nova forma de se movimentar.

Em um artigo que acompanha o trabalho, na Science, Christoph Adami, do Instituto de Graduação Keck, que não está diretamente envolvido na pesquisa, diz que o próximo passo é criar um robô que também desenvolva uma "idéia" do ambiente. "Nunca demos oficialmente um nome para ele, mas costumamos chamá-lo de robô-estrela-do-mar, apesar de uma estrela-do-mar de verdade ter cinco pernas, em vez de quatro, e de se recuperar muito melhor de um ferimento, pois pode crescer um novo membro", diz Bongard.

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