Quase 140 pessoas já morreram por causa de um provável surto de cólera na região central do Haiti, disseram autoridades na quinta-feira, enfrentando a maior crise sanitária no país desde o terremoto de 12 de janeiro.
De acordo com a ONU, o governo haitiano já notificou à Organização Mundial da Saúde (OMS) 138 mortes e 1.526 casos do surto, principalmente na região de Baixa Artibonite, mas também na do Planalto Central, ambas ao norte de Porto Príncipe.
Os hospitais locais estão superlotados de pacientes com diarreia, e as vítimas morrem por causa de uma rápida desidratação, às vezes em questão de horas, segundo as autoridades.
Equipes médicas que ainda estão no Haiti para a operação de ajuda pós-terremoto foram enviadas à região do surto, ao redor da localidade de Saint-Marc, uma zona agrícola que recebeu muitos sobreviventes do terremoto.
Mas a OMS e a ONU ainda não confirmam que se trata de uma epidemia de cólera, pois aguardam resultados de exames laboratoriais.
Antes, o chefe do Departamento de Saúde do governo, Gabriel Thimote, e o ministro da Saúde, Alex Larsen, haviam informado que os exames iniciais apontavam para casos de cólera, embora o Haiti não tenha um histórico dessa doença letal.
"Dos 15 espécimes testados, 13 nos levaram a crer que é cólera", disse Thimote.
O cólera é uma doença aguda transmitida por meio de água e alimentos contaminados. Ela causa diarreia aquosa e uma desidratação severa, que pode matar em questão de horas se não for tratada.
Thimote disse que as vítimas são de várias idades, mas que jovens e velhos aparentemente são mais afetados.
O terremoto de janeiro matou até 300 mil pessoas e deixou cerca de 1,5 milhão de pessoas vivendo em acampamentos superlotados de Porto Príncipe e arredores. Apesar dos temores iniciais de epidemias nessas condições, a enorme operação humanitária internacionais evitou surtos graves de doenças contagiosas na devastada capital do Haiti, país mais pobre das Américas.
Thimote disse que não há por enquanto relatos dos casos de diarreia em Porto Príncipe.
Especialistas dizem que até 80 por cento dos casos de cólera podem ser tratados satisfatoriamente com sais orais de re-hidratação. Água limpa e saneamento básico são cruciais para reduzir o impacto do cólera e de outras doenças transmitidas pela água.
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