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Saúde

Surto de infecção por bactéria diminui

Produtor usa escavadeira para transportar hortaliças que não foram comercializadas, na região espanhola de Almeria | Francisco Bonilla/Reuters
Produtor usa escavadeira para transportar hortaliças que não foram comercializadas, na região espanhola de Almeria (Foto: Francisco Bonilla/Reuters)

Berlim - O ministro da Saúde da Ale­­manha, Daniel Bahr, afirmou que o número de novos casos de infectados pela bactéria Escherichia coli (E.coli) entero-hemorrágica está caindo consideravelmente, mas alertou que o número de mortos ainda deve crescer.

A bactéria já deixou 25 mortos na Alemanha e um na Suécia, e sua origem ainda é desconhecida. O governo alemão vem sendo criticado por apontar supostas origens do surto – pepinos e brotos de feijão – para logo depois ser desmentido por testes.

"Não posso declarar o fim [do surto], mas, analisando as últimas informações, nós temos causa razoável de esperança. O pior já passou’’, acrescentou o ministro.

O chefe de Saúde da União Eu­­ropeia, John Dalli, pediu ao país que busque ajuda de especialistas internacionais para lidar com a crise. Dalli solicitou ainda que a Ale­­manha melhore os canais de in­­formação sobre o surto e a coordenação de instituições e governos envolvidos na luta contra a bactéria.

O atual surto foi causado por uma variedade supertóxica de E. coli. Ela pode se espalhar com maus hábitos de higiene, desde a fa­­zenda até o preparo do alimento.

Mais de 2,7 mil em 12 países já apresentaram sintomas de infecções intestinais provocadas pela bactéria. Quase todos os casos re­­gistrados fora da Alemanha são de pessoas que moram ou viajaram ao país.

De acordo com cientistas das universidades de Greifswald e Bonn, a nova cepa da bactéria aparentemente provoca a formação de autoanticorpos, que atuam destrutivamente contra o próprio organismo dos pacientes.

Andreas Greinacher, especialista em transfusões de Greifswald, afirmou que a presença de autoanticorpos foi verificada só nos casos mais graves dos pacientes que contraíram a doença.

A Comissão Europeia propôs ontem uma ajuda de 210 milhões de euros (US$ 308 milhões) aos agricultores da União Europeia (UE), para compensar os problemas provocados pelo surto da bactéria E.coli. Em um primeiro momento, a Comissão propôs na segunda-feira uma ajuda total de 150 milhões de euros, o que provocou a indignação do setor agrícola e protestos de países como Espanha, que consideravam a quantia insuficiente. Bruxelas se viu obrigada a aumentar a oferta, financiada pelo orçamento da UE. A ajuda será destinada aos produtores de pepinos, tomates, alface, abobrinha e pimentão.

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