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A Secretaria de Saúde do Paraná confirmou, nesta terça-feira (28), que há uma suspeita de caso de gripe suína no Paraná. O secretário Gilberto Martin afirmou que uma moradora de Curitiba, de 53 anos, que chegou de viagem do México, está internada em um hospital da capital com suspeitas de estar com a doença. O resultado do exame que vai comprovar ou descartar a infecção ficará pronto na próxima quarta-feira (6).
"A paciente está sob controle, não corre risco de morrer. Nós aguardamos o resultado do exame para poder descartar a possibilidade da gripe suína", disse o secretário da Saúde, Gilberto Martin, em entrevista à Rádio Band News.
Martin afirmou que a paciente está isolada e não há risco de transmissão do vírus, ela chegou do México no início de abril. A secretaria afirmou que foram 4 casos notificados no estado de suspeitas de gripe suína, mas três foram descartados.
Os exames feitos na paciente de Curitiba foram enviados para o Rio de Janeiro, para o laboratório da Fundação Osvaldo Cruz Fiocruz. O secretário Martin disse para a população ficar calma, pois agora quando o tempo começa a ficar mais frio várias pessoas vão pegar gripes comuns, mas isso não é motivo para ter pânico. Somente quem viajou para as áreas de risco precisa ficar mais preocupado.
"O Paraná está preparado para o enfrentamento do problema da gripe suína. Possuímos uma estrutura completa e uma equipe que tem realizado monitoramento 24 horas por dia articulado ao Ministério da Saúde e à Organização Mundial da Saúde. O Paraná possui também um plano de contingência já montado anteriormente para evitar a gripe aviária, que se adequará a essa situação. Além disso o Estado está realizando a capacitação técnica das equipes", disse Martin à Agência Estadual de Notícias (AEN).
O Ministério da Saúde havia anunciado que dos 20 casos monitorados em todo o país, 4 eram do Paraná. No entanto, destes 4 casos suspeitos, a secretaria estadual de Saúde descartou 3. Os outros estados com suspeitas são: Minas Gerais, Amazonas e Santa Catarina (3), Bahia, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte (2 cada) e Pará (1).
Hospitais
Em todo o Brasil, 51 hospitais de referência foram mobilizados pelo Ministério da Saúde (MS) e secretarias municipais e estaduais para atender eventuais casos humanos de gripe suína no Brasil. No Paraná, segundo a relação, quatro estabelecimentos estariam prontos para acompanhar pacientes com suspeita da doença: o Hospital de Clínicas (HC) e o Hospital do Trabalhador (HT), em Curitiba; o Hospital Universitário (HU) de Londrina; e o Hospital Ministro Costa Cavalcanti, em Foz do Iguaçu.
Avisos no Aeroporto Afonso Pena
No Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) adotou o sistema de transmissão de avisos sonoros, utilizado em 32 terminais do país. De 30 em 30 minutos, o alerta orienta os passageiros que sentirem sintomas da influenza suína tosse, coriza, febre alta, dores musculares, de cabeça e nas articulações a procurarem imediatamente o posto da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) do terminal.
No caso da identificação de alguma suspeita, a Anvisa informa que fará o encaminhamento imediato do paciente para um dos hospitais de referência. O monitoramento clínico do paciente será feito pela Vigilância Epidemiológica Estadual ou Municipal.
A Infraero informou que não está fazendo a distribuição de panfletos informativos sobre a gripe suína no Aeroporto Afonso Pena porque não há voos diretos de países com casos confirmados da doença que desembarquem no terminal. Desta forma, os passageiros dessas procedências que tem destino final em Curitiba devem receber os materiais com as informações nos aeroportos onde fazem a conexão.
A doença
A influenza suína é uma doença respiratória causada por um vírus que normalmente causa surtos de gripe em porcos, geralmente sem possibilidade de infecção humana. No entanto, há registros de transmissão pontual do vírus para homens (veja infográfico abaixo).
A gripe suína já tem casos confirmados no México, Estados Unidos, Canadá, Espanha, Inglaterra, Nova Zelândia e Israel. No México, mais de 150 pessoas já morreram com suspeita da doença. Na segunda-feira (27), a Organização Mundial de Saúde (OMS) elevou para 4 o nível de alerta por conta da doença, aproximando o alerta do nível de pandemia, ou epidemia generalizada.