100 soldados da Marinha norte-americana chegaram ontem em Monróvia, capital da Libéria, para contribuir com o combate ao ebola. Com isso, chega a 300 o número de soldados americanos no país, informou Darryl A. Williams, comandante da resposta americana à crise de ebola na África Ocidental. Enquanto caixas com equipamentos foram descarregadas, os soldados tiveram a temperatura medida por profissionais de saúde liberianos
A Macedônia informou ontem estar analisando a suposta presença do vírus do ebola em um britânico que morreu horas depois de ser internado em um hospital na capital, Skopje. Suspeitas na República Tcheca e na França colocam a Europa em alerta contra o vírus, que já matou quase 4 mil pessoas na África.
As autoridades macedônias interditaram o hotel onde o homem supostamente infectado estava hospedado, isolando um segundo cidadão britânico e funcionários do estabelecimento. Uma autoridade do Ministério da Saúde disse que o homem chegou da Grã-Bretanha no dia 2 de outubro e foi levado às pressas ao hospital às 10h (no horário de Brasília) de ontem, onde faleceu horas mais tarde. As amostras de sangue e tecido do britânico serão enviadas à Alemanha para exames.
Na República Tcheca, um hospital de Praga está examinando um homem tcheco, de 56 anos, com sintomas de infecção. O porta-voz do hospital disse que o homem, que viajou recentemente à Libéria, estava em isolamento no hospital Bulovka, na capital, e que exames estavam sendo realizados e enviados a um laboratório em Berlim, na Alemanha. Os resultados devem ficar prontos hoje.
Autoridades francesas isolaram um edifício perto de Paris devido a preocupações com o ebola após quatro pessoas ficarem doentes no local, com dores de cabeça e febre. Uma autoridade disse depois que era um alarme falso. A Grã-Bretanha informou ontem que vai começar a realizar triagem de passageiros que entram no país pelos dois principais aeroportos de Londres e a ligação ferroviária com a Europa.
Ajuda
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu que a ajuda internacional na luta contra a epidemia de ebola seja multiplicada por 20. "Para aqueles que ainda não se comprometeram (em ajudar), eu peço que façam logo", afirmou Ban em uma reunião do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial para discutir o surto da doença. O presidente do Banco Mundial, Jim Yonk Kim, reforçou os pedidos da ONU para garantir que os profissionais de saúde infectados sejam tratados adequadamente. O objetivo é garantir que haja médicos e enfermeiros dispostos a trabalhar nas áreas mais afetadas.
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