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Dos cinco suspeitos que estão sendo investigados por participação no assassinato de Boris Nemtsov, um dos líderes da oposição na Rússia, um admitiu envolvimento, mas não se diz culpado, de acordo com a mídia russa.

A informação teria partido de um dos juízes envolvidos no caso, que teria ouvido Zaur Dadaev. Outro suspeito, Anzor Gubashev, teria negado qualquer culpa. Além deles, o irmão mais novo de Gubashev, Shagid, Khamzad Bakhaev e Tamerlan Eskerkhanov são investigados pelo crime.

A juíza na audiência de Dadayev, Natalia Mushnikova, disse que Dadayev havia admitido envolvimento no assassinato e ordenou que ele fosse mantido sob custódia até 28 de abril. “O envolvimento da Dadayev neste crime é confirmado por, além de sua própria confissão, a totalidade das evidências reunidas como parte do processo criminal”, disse ela.

Os cinco são da Chechênia ou de outras partes do norte do Cáucaso, de acordo com agências russas. A origem dos suspeitos levanta uma questão potencialmente sensível, dada a significativa animosidade de grupos do Cáucaso entre os russos.

A Chechênia sofreu duas intensas guerras ao longo das últimas duas décadas envolvendo forças russas e rebeldes separatistas, cada vez mais sob a influência do fundamentalismo islâmico.

Religião

Segundo o líder checheno Ramzan Kadyrov, Zaur Dadaev é um “profundo crente” que ficou chocado com as charges do Charlie Hebdo do profeta Maomé.

Investigadores russos disseram na semana passada que estavam analisando a possibilidade de que militantes islâmicos tenham assassinado a tiros Nemtsov, um liberal, por sua defesa das charges no jornal semanal satírico francês Charlie Hebdo.

“Todos que conhecem Zaur [Dadayev] confirmam que ele é um crente profundo e também que, como todos os muçulmanos, ficou chocado com as atividades do Charlie e comentários de apoio aos desenhos”, escreveu Kadyrov em sua conta no Instagram.

Kadyrov também confirmou que Dadayev foi um membro da polícia chechena e chegou a ser condecorado por bravura.

Nemtsov foi morto a tiros na noite de 27 fevereiro nas imediações das muralhas do Kremlin, no assassinato de uma figura de mais alta importância da oposição nos 15 anos do presidente Vladimir Putin no poder.

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