O ministro da Justiça da Venezuela, Tareck El Aissami, anunciou neste domingo (30) a prisão de um suspeito de envolvimento no assassinato de duas pessoas durante um ato de campanha de Henrique Capriles, em Barinas, cidade natal e reduto eleitoral de Hugo Chávez, neste sábado (29). O anúncio foi feito em sua conta no microblog Twitter. O ministro não divulgou a identidade do suspeito. "Detido o autor material dos homicídios ontem em Barinas", escreveu, sem dar mais detalhes.
Logo depois, o presidente da Assembleia Nacional (Parlamento), o chavista Diosdado Cabello também informou a prisão do suspeito, além de outras duas pessoas supostamente envolvidas no crime.
As prisões provocaram troca de acusações entre situação e oposição. Julio Borges, do partido opositor Primero Justicia (PJ) disse que os detidos seriam funcionários locais do Ministério do Ambiente e da Polícia Regional. Cabello rebateu, negando o vínculo e classificando o líder do PJ como "irresponsável e tolo".
A uma semana das eleições presidenciais na Venezuela, dezenas de milhares de pessoas saíram às ruas de Caracas neste domingo para um comício de campanha de Capriles. No evento, o candidato reforçou a ideia de que o ataque teve motivação política, chamando o caso de "produto da intolerância".
Após a carreata, Capriles se disse "cansado" dos atos de violência. "No dia 7 de outubro, derrotaremos a violência na Venezuela", afirmou. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.
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