O homem de 32 anos suspeito da explosão em Oslo e da chacina na Ilha de Utoya, que provocaram 91 mortes até o momento, comprou seis toneladas de fertilizantes antes dos massacres, segundo informou um fornecedor, enquanto a polícia investigava a eventual participação de um segundo atirador, conforme declarações de testemunhas.
O primeiro-ministro da Noruega, Jens Stoltenberg, e membros da família real visitaram os parentes dos jovens mortos ou atingidos ontem pelo ataque na ilha, onde participavam de um acampamento de verão do Partido Trabalhista. Além disso, um homem que portava uma faca foi detido hoje pela polícia no hotel no qual estavam reunidos esses familiares e o premiê foi levado para interrogatório.
O suspeito mantido em custódia pela polícia - loiro e de olhos azuis e que teria relações com fundamentalistas cristãos e visões antimuçulmanas - é considerado suspeito tanto da chacina na ilha quanto da explosão que havia atingido duas horas antes o prédio do governo em Oslo, no qual o premiê cumpre expediente, matando sete pessoas. Ele foi preliminarmente acusado de terrorismo. Oddny Estenstad, uma porta-voz da fornecedora de suprimentos agrícolas Felleskjopet, confirmou que o suspeito comprou seis toneladas de fertilizantes dez semanas atrás. Fertilizantes artificiais são altamente explosivos e podem ser usados em bombas caseiras.
As autoridades confirmam 91 mortes, mas segundo a polícia o número ainda pode subir já que prosseguem as buscas por mais corpos na ilha. O chefe de polícia interino Roger Andersen disse que não sabia detalhar o número de desaparecidos. O hospital da Universidade de Oslo informou que até o momento recebeu 11 feridos da explosão em Oslo e 16 feridos no tiroteio do acampamento.