O suspeito de ter cometido um ataque terrorista na sexta-feira na França e de ter decapitado seu chefe admitiu a autoria do homicídio, afirmou domingo (28) uma fonte próxima ao caso, segundo autoridades francesas.
Yassine Salhi, 35, detido na sexta no local do ataque –uma usina de gás industrial nas proximidades da cidade de Lyon – começou a falar com os investigadores na noite de sábado, após ter ficado em silêncio desde sua prisão.
No sábado, investigadores afirmaram terem encontrado uma selfie de Salhi ao lado da cabeça decapitada da vítima, enviada por mensagem no WhatsApp para um número canadense.
Ele deve ser transferido para Paris neste domingo, onde continuará sendo interrogado.
O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, assegurou que o país vive “sob uma ameaça terrorista muito importante” e que o combate ao jihadismo “será longo”. Ele pediu à sociedade um “espírito de unidade” e “sangue frio”.
O ataque
Yassine Salhi, que trabalhava em uma empresa de entregas, é suspeito de ter decapitado seu chefe e deixado sua cabeça em uma cerca, envolta em bandeiras com inscrições muçulmanas.
Em seguida, ele teria usado uma van para invadir um depósito de bombas de gás de uma usina química, provocando uma explosão. Ele foi detido e conduzido a um hospital em Lyon, para tratamento dos ferimentos.
No início do interrogatório, Salhi mostrou-se pouco cooperativo com os agentes, mas, segundo seus advogados, nas últimas horas ele começou a dar detalhes do caso.
O atentado -o primeiro envolvendo uma decapitação na França&- levou o governo a elevar o nível de altera anti-terrorista na região de Rhone-Alpes por três dias.
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