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Um dos principais suspeitos dos atentados frustrados de 21 de julho em Londres disse a investigadores britânicos e italianos nesta terça-feira que o objetivo era assustar, não matar. Hamdi Issac, preso em Roma em 29 de julho, fez a declaração referindo-se especificamente à mochila que usava. Ele sabia que havia explosivos e pregos lá dentro, mas, segundo sua advogada, não foi ele quem colocou o material ali e, para ele, o dispositivo apenas faria barulho.

Ninguém saiu ferido das pequenas explosões ocorridas no metrô e num ônibus de Londres, mas a polícia sustenta que a tragédia poderia ser comparável à do dia 7, quando um atentado múltiplo muito parecido matou mais de 50 pessoas.

Hamdi Issac, também conhecido como Osman Hussein, fugiu para a Itália após o atentado e foi preso. Os três outros autores diretos dos atentados também foram detidos, na Inglaterra. Na segunda-feira, eles foram indiciados por tentativa de assassinato.

Isaac foi interrogado por três horas, na presença de investigadores britânicos, na prisão onde é mantido, em Roma.

- Ele sabia que havia explosivos, mas eram apenas para fazer barulho, não para matar - disse a advogada Antonietta Sonnessa a repórteres, depois do interrogatório. - Era apenas um show e não tinha a intenção de machucar qualquer pessoa.

Issac reconheceu que, além de explosivos, a mochila que ele levou para o metrô no dia dos ataques continha pregos. Mas a advogada sustenta que a bolsa "certamente não foi preparada por ele".

Na semana passada, Antonietta Sonnessa disse que Isaac afirmara a ela que a mochila estava cheia de farinha, associada a um detonador. Na terça-feira, ela esperava os resultados da análise técnica do conteúdo da bolsa.

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