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Memorial em Toronto, à margem do lago Ontário, para as vítimas do atentado contra o avião da Air India, em 1985, que matou 329 pessoas
Memorial em Toronto, à margem do lago Ontário, para as vítimas do atentado contra o avião da Air India, em 1985, que matou 329 pessoas| Foto: BigStock

Ripudaman Singh Malik, um canadense de origem sikh que foi acusado e absolvido do pior ataque terrorista da história do Canadá — o atentado contra um avião da Air India em 1985, no qual 329 pessoas morreram —, foi morto nesta quinta-feira (14), segundo informou sua família.

Malik, de 75 anos, foi baleado na cidade canadense de Surrey, no oeste do país, pela manhã, afirmaram os parentes do falecido.

A Polícia Montada do Canadá confirmou em um comunicado que um indivíduo morreu como resultado de ferimentos recebidos em um tiroteio em Surrey, embora não tenha identificado o falecido.

Fontes policiais também descreveram o assassinato como intencional e disseram que um veículo, que aparentemente havia sido usado no ataque, foi posteriormente localizado em chamas.

A polícia e os serviços secretos canadenses ligaram Malik, que emigrou para o Canadá em 1972, ao Babbar Khalsa, um grupo terrorista sikh cujo objetivo é a criação do Calistão, um estado sikh no noroeste da Índia.

A religião sikh originou-se no século XV na região do Punjab, atualmente sob o controle da Índia e do Paquistão, e é considerada a quinta maior religião do mundo em número de praticantes, com cerca de 25 milhões de adeptos.

Os sikhs são considerados um grupo étnico em países como o Canadá e o Reino Unido.

86 crianças mortas

Malik e Ajaib Singh Bagri foram acusados ​​pela polícia canadense de plantar uma bomba no voo 182 da Air India, que fazia o trajeto entre Montreal e Nova Délhi com uma escala em Londres.

O avião explodiu sobre o Atlântico, na costa da Irlanda, em 23 de junho de 1985, matando todos os 329 ocupantes, incluindo 86 crianças, a maioria canadenses de origem indiana.

Além disso, outra bomba destinada a outro avião da Air India e escondida em uma mala explodiu no mesmo dia no aeroporto de Tóquio, matando dois trabalhadores japoneses.

As autoridades acreditam que os ataques foram uma retaliação ao ataque do Exército indiano em 1984 ao Templo Dourado em Amristar, que matou centenas de sikhs.

Em 2005, um tribunal canadense absolveu Malik e Bagri de todas as acusações alegando que as testemunhas apresentadas pela promotoria não eram confiáveis.

Em 2003, Inderjit Singh Reyat foi condenado a 24 anos de prisão por ser o autor da bomba usada contra o voo 182.

Em 2010, um júri considerou Reyat culpado de perjúrio depois que foi demonstrado que ele mentiu pelo menos 20 vezes durante o julgamento de Malik e Bagri para proteger os dois réus.

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