Miami (AE/AP/Folhapress) Um passageiro de um vôo da American Airlines foi morto ontem depois de dizer que estava com uma bomba. Os tiros foram disparados no túnel de desembarque, no portão do aeroporto de Miami, onde o avião fez a primeira escala após sair de Medellín (Colômbia). Havia 133 pessoas a bordo. É a primeira vez após os atentados do 11 de Setembro que os agentes federais dispararam contra um suspeito.
Abordado por um dos dois agentes a bordo do vôo 924, o homem teria tentado fugir e foi alvejado ao tentar pegar algo dentro da sacola, conforme as primeiras informações oficiais. Não há confirmação de que houvesse qualquer objeto explosivo na sacola.
Existem relatos de que o homem apresentava distúrbios mentais. "Ele estava agitado, sacudindo os braços. Uma mulher correu atrás dele gritando meu marido!", declarou uma passageira, Mary Gardner, à tevê local. Segundo ela, a mulher disse que o marido tinha desordem bipolar e não havia tomado seu remédio.
Segundo autoridades, os agentes são autorizados a atirar em caso de risco eminente à segurança de passageiros ou do piloto. Poucas informações foram divulgadas durante a tarde, prevalecendo a controvérsia sobre a necessidade do uso de força ou do "atirar para matar.
Os agentes, autorizados a andar armados nos vôos depois do 11 de Setembro, têm como monitorar a identidade de passageiros em vôo. Segundo protocolo dos agentes, o Boeing-747 não deveria ter chegado ao portão do aeroporto se houvesse ameaça no momento. O terminal foi temporariamente esvaziado depois do incidente.