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Chérif: jihadista conhecido | French Police/Handout/Efe
Chérif: jihadista conhecido| Foto: French Police/Handout/Efe

Vítimas

Desenhistas, policiais e uma psiquiatra estão entre as vítimas do atentado em Paris. Confira a lista completa:

• Stéphane Charbonnier, "Charb"

Diretor da revista satírica, 47 anos. Vivia sob proteção policial desde 2011, quando a sede do semanário foi incendiada.

• Jean Cabut, "Cabu"

Caricaturista renomado na França há décadas e colaborador da Charlie Hebdo desde sua fundação. Estava prestes a completar 77 anos.

• Georges Wolinski

Membro histórico da redação da Charlie Hebdo, nascido há 81 anos na Tunísia.

• Bernard Verlhac, "Tignous"

Nascido em Paris em 1957, retratista social e comprometido com a causa anticapitalista.

• Philippe Honoré, "Honoré"

Nasceu em 1941, colaborava com a revista e outros veículos de comunicação.

• Elsa Cayat

Psiquiatra e psicanalista, 54 anos, tinha uma coluna na revista .

• Bernard Maris, "Tio Bernard"

Economista e criador de polêmicas, nascido há 68 anos, publicava uma crônica semanal sob o pseudônimo "Tio Bernard".

• Mustapha Ourrad

Revisor da revista.

• Fréderic Boisseau

Responsável pela manutenção da revista, 42 anos, assassinado quando encontrou os criminosos na entrada do prédio.

• Michel Renaud

De 69 anos, estava como convidado na reunião do conselho de redação da revista.

• Frank Brinsolaro

De 49 anos, policial responsável por escoltar o diretor da revista, "Charb".

• Ahmed Merabet

Policial de 42 anos que enfrentou os assassinos em um tiroteio na rua e foi atingido quando estava ferido no chão.

  • Said: identidade perdida

O francês Chérif Kouachi, de 32 anos, procurado com seu irmão Said, de 34, pelo ataque que deixou 12 mortos no jornal Charlie Hebdo, é um jihadista muito conhecido pelos serviços antiterroristas franceses, condenado em 2008 por participar de uma rede de recrutamento de combatentes para o Iraque.

Nascido em 28 de novembro de 1982 em Paris, francês de nacionalidade e apelidado Abu Isen, Chérif Kouachi integra a chamada "rede de Buttes-Chaumont". Sob a autoridade do "emir" Farid Benyettu, essa rede permitia enviar jihadistas para incorporá-los ao braço iraquiano da Al Qaeda, então dirigida por Abu Mussab al Zarquawi.

Detido pouco antes de viajar à Síria e dali ao Iraque, Chérif foi julgado em 2008 e condenado a três anos de prisão, com 18 meses sob liberdade condicional.

Dois meses depois, seu nome apareceu em um plano de fuga da prisão do combatente islâmico Smain Ait Ali Belkacem, membro do Grupo Islâmico Armado Argelino (GIA), condenado em 2002 à prisão perpétua pelo atentado que deixou 30 feridos na estação Museu d’Orsay de Paris, em outubro de 1995.

Chérif era suspeito de ser ligado a Djamel Beghal, outra figura do Islã radical francês, que cumpriu dez anos de prisão por preparar atentados, com quem teria treinado.

Com cabeça de forma ovalada raspada e barbicha rala na foto divulgada na madrugada de ontem pela polícia, Chérif pode "estar armado e ser perigoso", assim como seu irmão Said, nascido em 7 de setembro de 1980, também em Paris. Este último, também de nacionalidade francesa, aparece na foto policial com olhos castanhos, cabelo curto castanho e barba.

A carteira de identidade de Said foi encontrada em um carro abandonado pelos foragidos no nordeste de Paris.

O suposto cúmplice dos dois irmãos, que se apresentou à polícia no nordeste da França, Mourad Hamyd, de 18 anos, é cunhado de Chérif. Ele é suspeito de ter ajudado os atiradores.

Uma testemunha informou sobre a presença de um terceiro cúmplice no carro no momento da fuga dos agressores.

Hamyd se apresentou à polícia "ao ver que seu nome circulava nas redes sociais", explicou uma fonte próxima ao caso.

No entanto, usuários do Twitter que se apresentaram como companheiros de classe tuitaram anteriormente que Mourad Hamyd era inocente e estava na aula com eles no momento do ataque.

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