O número de prisões confirmadas é de 24 pessoas, e não 21, conforme divulgado anteriormente, na investigação sobre o complô terrorista que pretendia explodir até dez aviões americanos saídos da Grã-Bretanha. Uma TV americana está identificando três deles, que teriam estado no Paquistão há pouco tempo.
"Agora todos os presos na operação antiterrorismo durante a noite foram levados em custódia, o número total em custódia é de 24", disse a polícia de Londres em comunicado. "Não foi feita nenhuma nova prisão durante o dia."
A idéia inicial era ensaiar, dentro de uns dois dias, para então atacar efetivamente dias depois. Uma fonte disse à ABC que uma das pessoas presas é uma mulher e que os suspeitos planejavam tentar um ensaio dentro de dois dias, para verificar se seria possível embarcar com os ingredientes, para então, se bem-sucedidos, empreenderem os ataques alguns dias depois, segundo a agência Associated Press.
- Eles estavam a dias [de fazer isso] - disse também à agência Reuters uma autoridade da inteligência americana. - Eles estavam a dois dias de um teste, e a poucos dias de fazer isso.
O secretário de Segurança Interna dos EUA, Michael Chertoff , disse na quinta-feira que os ataques incluíam diversas explosões suicidas e coordenadas.
- O plano era ter explosões suicidas múltiplas no avião, essencialmente ao mesmo tempo", disse Chertoff em entrevista à CNN.
Um TV britânica, ouvindo uma autoridade da Scotland Yard, afirma que a investigação foi iniciada há meses.
E ainda não está encerrada. Outros suspeitos estão sendo procurados.
O governo do Paquistão também fez algumas prisões, ocorridas nesta quinta-feira, em ação coordenada com a polícia britânica, informou uma porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Paquistão.
- As prisões no Reino Unido seguiram uma ativa cooperação entre as áreas de inteligência do Paquistão, da Grã-Bretanha e dos Estados Unidos - disse a porta-voz Tasnim Aslam.
- Algumas prisões foram feitas no Paquistão, que foram coordenadas com as prisões no Reino Unido - acrescentou.
Os suspeitos detidos na Grã-Bretanha eram todos cidadãos britânicos, disse Aslam. Ela não soube informar quem tinha sido detido no Paquistão.
A informação foi confirmada em Washington. As pessoas presas pela polícia britânica como parte de um esforço para frustrar um plano de explodir vários aviões são todas cidadãs britânicas, disse na quinta-feira uma autoridade da Segurança Interna dos EUA.
Segundo a rede ABC, três pessoas foram identificadas como sendo líderes do complô. Duas delas possivelmente estiveram no Paquistão recentemente e receberam dinheiro para comprar as passagens para os terroristas suicidas, informa a equipe do repórter investigativo Brian Ross.
Os três líderes são: Rashid Rauf, Mohammed al-Ghandra e Ahmed al Khan.
Eles e os demais usariam garrafa de energético como disfarce.
Com ingredientes caseiros, e bastante conhecimento técnico, é possível desenvolver um explosivo líquido que pode ser montado a bordo, dizem especialistas.