Os seis homens presos sob suspeita de terem praticado estupro coletivo contra uma universitária de 23 anos dentro de um ônibus em Nova Déli, no último dia 16, serão acusados de homicídio. A jovem não resistiu aos ferimentos sofridos e morreu nesta sexta-feira (28), em um hospital de Cingapura.
Na capital indiana, centenas de pessoas realizaram protestos pela proteção das mulheres. Locais como a casa do presidente e os ministérios amanheceram sob forte esquema de segurança. Dez estações de metrô foram fechadas, bem como algumas estradas.
Desde que a morte da garota foi confirmada, o premiê indiano, Manmohan Singh, foi a público afirmar que ela não terá sido em vão. Outras autoridades pediram calma.
De acordo com o porta-voz da polícia de Nova Déli, se condenados, os supostos estupradores podem pegar pena de morte.Em comunicado, o hospital Mount Elizabeth, de Cingapura, informou que a jovem morreu "pacificamente", ao lado dos familiares. No ataque, ela sofreu lesões cerebrais graves que levaram à falência múltipla dos órgãos. A jovem -cuja identidade não foi divulgada- chegou a Cingapura na quarta, depois de passar por três cirurgias abdominais, na Índia.
O crime aconteceu no último dia 16. A estudante de medicina e um amigo seguiam para casa em um ônibus, depois de irem ao cinema, quando foram abordados pelos criminosos. Os dois foram espancados, e a garota foi estuprada e violentada com uma barra de ferro. Depois, os dois foram despidos e jogados do ônibus em movimento.
Repressão
O governo indiano deve passar a publicar nomes, fotos e endereços de homens condenados por estupro para envergonhá-los publicamente em uma nova campanha para tentar conter este tipo de crime, informou o vice-ministro do Interior, Ratanjit Pratap Narain Singh.
"Nós estamos planejando começar [a campanha] em Déli", disse Singh horas após o primeiro-ministro Manmohan Singh ter declarado que as mulheres estavam sendo tratadas de forma injusta na Índia.